Cooperação BRICS-Iêmen visa enfraquecer o mundo unipolar, afirma oficial houthi
08:11 17.03.2024 (atualizado: 08:47 17.03.2024)
© Sputnik / Grigory SysoevBandeiras dos países-membros do BRICS durante a 15ª cúpula do BRICS, em Joanesburgo, na África do Sul
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O Iêmen está reforçando a cooperação com a Rússia e a China, a fim de enfraquecer os países ocidentais e perturbar o conceito de mundo unipolar, tweetou Ali al-Qhoom, alto funcionário do movimento iemenita Ansar Allah (houthi).
"Há uma constante interação e desenvolvimento das relações do Iêmen com a Rússia, a China e [outros] membros do BRICS, bem como uma troca de conhecimentos e experiências em diversas áreas", destacou al-Qhoom.
O objetivo é "afundar os EUA, o Reino Unido e o Ocidente na lama [da crise] em torno do mar Vermelho, para que possam ficar atolados, enfraquecer e se tornar incapazes de manter a unipolaridade", acrescentou o responsável.
"Há uma mudança no clima internacional e no equilíbrio de poderes entre o Oriente e o Ocidente, especialmente à luz da 'usurpação' ocidental contra a Rússia, que afundou o Ocidente na crise da Ucrânia e enfraqueceu as suas alianças com a China, bem como com outros países do Oriente e dos Estados-membros do BRICS", segundo al-Qhoom.
Em novembro de 2023, os houthis iniciaram no mar Vermelho uma campanha marítima de meses de sequestro de navios, ataques de drones e lançamentos de mísseis em solidariedade com os residentes da Faixa de Gaza, em meio aos ataques terrestres de Israel ao território palestino sitiado.
Os EUA responderam anunciando a formação de uma coligação naval contra os combatentes houthis em dezembro, e começaram, junto com o Reino Unido, a bombardear o Iêmen em janeiro. Os houthis retaliaram proibindo todos os navios comerciais e de guerra do Reino Unido e dos EUA de operar no mar Vermelho, no golfo de Áden e no estreito de Bab el-Mandeb, disparando repetidamente contra navios de guerra ocidentais estacionados em águas adjacentes ao Iêmen.
O BRICS é uma aliança econômica formada em 2009 pelos líderes do Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul aderiu pouco depois; o Egito, a Etiópia, o Irã e os Emirados Árabes Unidos aderiram ao grupo em 2024.