https://noticiabrasil.net.br/20240320/divisao-sobre-ajuda-a-ucrania-provoca-ruptura-tcheco-eslovaca-sem-precedentes-diz-midia-33665071.html
Divisão sobre ajuda à Ucrânia provoca ruptura tcheco-eslovaca 'sem precedentes', diz mídia
Divisão sobre ajuda à Ucrânia provoca ruptura tcheco-eslovaca 'sem precedentes', diz mídia
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Robert Fico chegou ao seu quarto mandato como premiê na Eslováquia em 2023, em uma onda de descontentamento com o apoio da UE à Ucrânia no conflito por... 20.03.2024, Sputnik Brasil
2024-03-20T08:29-0300
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O desejo cada vez menor de continuar a apoiar o governo de Kiev está se tornando cada vez mais um fator de ruptura nas relações entre Estados, governos e políticos. As divergências sobre um maior apoio à Ucrânia causaram uma "ruptura sem precedentes" entre os governos tcheco e eslovaco, sublinhou o The Washington Post. Embora os dois países, que surgiram após a bifurcação da Tchecoslováquia, tenham mantido relações calorosas até agora, o mês passado testemunhou uma divisão crescente entre eles, destacou a publicação. O governo em Praga, liderado pelo primeiro-ministro Petr Fiala, é fervorosamente pró-Kiev, enquanto o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, tem sido inflexivelmente contra o envio de armas para a Ucrânia, a potencial adesão de Kiev à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e as sanções à Rússia. Nunca houve um "confronto retórico aberto" entre os dois governos até o conflito por procuração da Organização do Tratado do Atlântico Norte contra a Rússia na Ucrânia, de acordo com a mídia. Praga, que tem sido excessivamente zelosa na sua ânsia de fornecer munições à Ucrânia, optou por um desprezo sem precedentes no início de março. Suspendeu as consultas intergovernamentais com Bratislava na sequência de uma reunião entre o ministro das Relações Exteriores eslovaco Juraj Blanar e o seu homólogo russo Sergei Lavrov. Em resposta, Robert Fico se dirigiu abertamente a Fiala em um vídeo publicado nas redes sociais, em que alertou Praga contra colocar as relações entre a Eslováquia e a República Tcheca "em perigo". O governo liderado pelo partido Smer de Robert Fico, eleito nas eleições gerais de setembro de 2023, reverteu a posição do país sobre a crise da Ucrânia a favor de interromper o fornecimento militar a Kiev. Fico, apelidado de "Orbán Eslovaco" em homenagem ao seu homólogo húngaro, que também se opõe ao confronto com a Rússia, observou que ajudar Kiev enfraquece as Forças Armadas eslovacas e apenas prolonga um conflito que a Ucrânia não tem chances de vencer. Fico também criticou duramente os comentários recentes do presidente francês Emmanuel Macron, sugerindo a possibilidade de enviar tropas europeias para a Ucrânia. A proposta foi amplamente rejeitada pelos líderes de todo o continente, incluindo a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o chanceler alemão Olaf Scholz. A política externa soberana de Fico, não intimidada pela pressão do Ocidente, é semelhante à postura adotada pelo primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. Desde o início do conflito na Ucrânia, Budapeste tem apelado consistentemente a um cessar-fogo e a negociações de paz entre Moscou e Kiev, e se opôs às sanções à energia russa. Em março de 2022, o parlamento da Hungria proibiu a entrega de armas do solo do país à Ucrânia. No início do ano, Viktor Orbán disse que a Hungria procura aprofundar a cooperação econômica com a Rússia em áreas não afetadas por sanções, uma vez que a vida econômica continuará após o fim do conflito na Ucrânia.
https://noticiabrasil.net.br/20240120/eslovaquia-promete-bloquear-adesao-da-ucrania-a-otan-para-evitar-3-guerra-mundial-32640066.html
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Divisão sobre ajuda à Ucrânia provoca ruptura tcheco-eslovaca 'sem precedentes', diz mídia
Robert Fico chegou ao seu quarto mandato como premiê na Eslováquia em 2023, em uma onda de descontentamento com o apoio da UE à Ucrânia no conflito por procuração da OTAN contra a Rússia. Assim como o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, Fico tem sido contra o envio de armas para Kiev e apelou à manutenção de boas relações com a Rússia.
O desejo cada vez menor de continuar a apoiar o
governo de Kiev está se tornando cada vez mais um
fator de ruptura nas relações entre Estados, governos e políticos.
As divergências sobre um maior apoio à Ucrânia causaram uma "ruptura sem precedentes" entre os governos tcheco e eslovaco,
sublinhou o The Washington Post.
Embora os dois países, que surgiram após a bifurcação da Tchecoslováquia, tenham mantido relações calorosas até agora, o mês passado testemunhou uma divisão crescente entre eles, destacou a publicação.
O governo em Praga, liderado pelo primeiro-ministro Petr Fiala, é fervorosamente pró-Kiev, enquanto o
primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, tem sido inflexivelmente contra o envio de armas para a Ucrânia, a
potencial adesão de Kiev à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e as sanções à Rússia.
Nunca houve um
"confronto retórico aberto" entre os dois governos até o
conflito por procuração da Organização do Tratado do Atlântico Norte contra a Rússia na Ucrânia, de acordo com a mídia.
20 de janeiro 2024, 15:03
Praga, que tem sido excessivamente zelosa na sua ânsia de
fornecer munições à Ucrânia, optou por um desprezo sem precedentes no início de março.
Suspendeu as consultas intergovernamentais com Bratislava na sequência de uma reunião entre o ministro das Relações Exteriores eslovaco Juraj Blanar e o seu homólogo russo Sergei Lavrov.
Fiala observou na ocasião que "é impossível esconder o fato de que existem diferenças de opinião significativas sobre algumas questões importantes de política externa".
Em resposta, Robert Fico se dirigiu abertamente a Fiala em um vídeo publicado nas redes sociais, em que alertou Praga contra colocar as relações entre a Eslováquia e a República Tcheca "em perigo".
"Notamos que o governo tcheco decidiu colocá-los em risco porque tem interesse em apoiar a guerra na Ucrânia, enquanto o governo eslovaco fala de paz. A sua decisão não afetará a nossa política soberana", disse o primeiro-ministro eslovaco.
O governo liderado pelo partido Smer de Robert Fico, eleito nas eleições gerais de setembro de 2023, reverteu a posição do país sobre a
crise da Ucrânia a favor de interromper o fornecimento militar a Kiev. Fico, apelidado de "Orbán Eslovaco" em homenagem ao seu homólogo húngaro, que
também se opõe ao confronto com a Rússia, observou que ajudar Kiev enfraquece as Forças Armadas eslovacas e apenas prolonga um conflito que a Ucrânia não tem chances de vencer.
20 de dezembro 2023, 18:09
No início de março, Robert Fico sublinhou que "não estava convencido da sinceridade do Ocidente para alcançar a paz na Ucrânia". Ele acrescentou em uma publicação nas redes sociais que "a estratégia ocidental de usar a guerra na Ucrânia para enfraquecer a Rússia econômica, militar e politicamente não está funcionando".
Fico também criticou duramente os comentários recentes do
presidente francês Emmanuel Macron, sugerindo a
possibilidade de enviar tropas europeias para a Ucrânia. A proposta foi amplamente rejeitada pelos líderes de todo o continente, incluindo a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o
chanceler alemão Olaf Scholz.
A política externa soberana de Fico, não intimidada pela pressão do Ocidente, é semelhante à postura adotada pelo
primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. Desde o início do conflito na Ucrânia, Budapeste tem apelado consistentemente a um
cessar-fogo e a negociações de paz entre Moscou e Kiev, e se opôs às sanções à energia russa. Em março de 2022, o parlamento da Hungria proibiu a entrega de armas do solo do país à Ucrânia.
No início do ano, Viktor Orbán disse que a Hungria procura
aprofundar a cooperação econômica com a Rússia em áreas
não afetadas por sanções, uma vez que a vida econômica continuará após o fim do conflito na Ucrânia.
"Haverá comércio, haverá economia, e para nós esta será uma relação importante e uma importante oportunidade de mercado", disse Orbán na Câmara de Comércio e Indústria húngara.