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Rússia e Arábia Saudita impedirão qualquer interferência no trabalho da OPEP+, diz Lavrov

© Sputnik / Pavel BednyakovO Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, fala durante uma reunião para marcar o 90º aniversário da fundação da Academia Diplomática do Ministério das Relações Exteriores da Rússia em Moscou, 14 de março de 2024
O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, fala durante uma reunião para marcar o 90º aniversário da fundação da Academia Diplomática do Ministério das Relações Exteriores da Rússia em Moscou, 14 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 21.03.2024
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Riad e Moscou não deixarão que qualquer tentativa de interferência nos mecanismos regulatórios do mercado mundial de petróleo na OPEP+ aconteça, garantiu o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.
Segundo o chefe da diplomacia russa, a Arábia Saudita, com base nos interesses do reino, "está interessada em preços estáveis ​​do petróleo e em proporcionar lucros adequados aos países produtores do combustível, ao mesmo tempo que quer chegar a um nível que seja atraente para os compradores".
"O que estamos fazendo agora com eles no âmbito da OPEP+, com o apoio de todos os outros membros desta associação, refere-se precisamente a isto. A Arábia Saudita mantém esta linha de forma muito clara", afirmou o chanceler.
Em 30 de novembro, os países da OPEP+ decidiram reduzir voluntariamente a produção de petróleo num total de 2,2 milhões de barril por dia até ao final do primeiro trimestre de 2024.
Sede da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em Viena, Áustria - Sputnik Brasil, 1920, 31.12.2023
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Vários membros da OPEP+ iniciam novos cortes voluntários na produção de petróleo

Mercado de petróleo venezuelano

Lavrov também considera possível que a Rússia e os Estados Unidos "operem ao mesmo tempo" no mercado petrolífero venezuelano, desde que não haja concorrência desleal.
"Segundo muitas estimativas, a Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo. Em geral, somos contra o monopólio. Haverá espaço suficiente para todos se houver jogo limpo e um processo justo para a atribuição de oportunidades de investimento na indústria petrolífera venezuelana", disse o ministro.
Para o chanceler, Washington tenta "iniciar novos jogos políticos em torno da Venezuela", oferecendo-lhe um acordo para retomar a exportação de petróleo venezuelano para os Estados Unidos em troca de "algumas concessões políticas".
"Em troca, os norte-americanos não querem apenas concessões em matéria de direitos humanos e outras exigências democráticas que apresentam regularmente sem muita explicação do que significam. A lealdade aos Estados Unidos é o critério da democracia tal como Washington a entende", disse.
No entanto, Lavrov destacou que Caracas "compreende perfeitamente o que está acontecendo".
Além disso, destacou a importância de a Venezuela ser firme na prossecução das suas conquistas no diálogo com os Estados Unidos, sem esperar que Washington "realmente cumpra as suas promessas vazias".
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