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Netanyahu diz aos EUA que espera apoio em Rafah, mas que 'agirá sozinho' se houver oposição

© AFP 2023 / Leo CorreaO primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz, após reunião em Jerusalém, em 17 de março de 2024
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz, após reunião em Jerusalém, em 17 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 22.03.2024
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O premiê Benjamin Netanyahu disse ao secretário de Estado dos EUA que estava preparado para "fazer tudo sozinho" se Washington se opusesse aos planos de Israel de ataque a Rafah, cidade de Gaza onde 1,5 milhão de palestinos estão se abrigando.
Nesta sexta-feira (22), Netanyahu relatou que disse a Antony Blinken que aprecia o apoio norte-americano na sua luta contra o Hamas, no entanto reiterou os planos de avançar para Rafah, onde mais de 1,5 milhão de palestinos se refugiam em abrigos improvisados.

"Eu também disse que não temos como derrotar o Hamas sem entrar em Rafah e eliminar o resto dos batalhões de lá. E eu disse a ele que espero que o façamos com o apoio dos EUA, mas se for necessário, faremos isso sozinhos", afirmou o premiê, de acordo com o jornal The Times of Israel.

Tel Aviv diz que Rafah é o último bastião dos militantes do Hamas e que tem um plano para evacuar os civis antes de um ataque. Washington diz que um ataque terrestre seria um "erro" e causaria muitos danos aos deslocados.

"Cem por cento da população de Gaza está enfrentando níveis graves de insegurança alimentar. Não podemos, não devemos permitir que isso continue", disse Blinken em entrevista coletiva citada pela Reuters.

No entanto, não só os Estados Unidos — que ajudam Israel militarmente e venderam centenas de armas ao longo do conflito — consideram a operação um erro.
Muitas lideranças da comunidade internacional advertiram Tel Aviv de que a guerra causou mais de 32 mil mortes e já mata crianças de fome, pela falta de alimentos.
O Brasil, através de sua chancelaria, já se posicionou diversas vezes contra a ação militar israelense no enclave.
Os Estados Unidos, o aliado mais próximo de Israel desde a sua fundação, em 1948, fornecem bilhões de dólares por ano em ajuda militar e usam regularmente a sua influência diplomática para proteger os interesses israelenses, escreve a Reuters.
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