Novo governo da Polônia assina contratos militares no valor de US$ 7,5 bilhões em apenas 3 meses
15:32 25.03.2024 (atualizado: 16:24 25.03.2024)
© AP Photo / Alik KepliczGrupo de soldados do Exército dos EUA participa do desfile militar anual em comemoração ao Dia do Exército polonês. Varsóvia, Polônia, 15 de agosto de 2018 (foto de arquivo)
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O novo governo da Polônia, que tomou posse em dezembro de 2023, já assinou 20 contratos no valor de US$ 7,5 bilhões (cerca de R$ 37,3 bilhões) para a compra de armas e equipamento militar, disse o secretário de Estado para Defesa polonês Cezary Tomczyk nesta segunda-feira (25).
"Nos últimos três meses, conseguimos assinar cerca de 20 acordos no valor de 30 bilhões de zlotys [cerca de US$ 7,5 bilhões ou R$ 37,3 bilhões] quando se trata de armamentos para o Exército polonês", disse Tomczyk a jornalistas.
Só este ano, os militares poloneses vão gastar cerca de 8 bilhões de zlotys (cerca de R$ 10,01 bilhões) para "adaptar a infraestrutura militar ao equipamento que vamos obter", acrescentou.
A Polónia aumentou recentemente a sua aquisição de armas e equipamento militar, predominantemente dos Estados Unidos e da Coreia do Sul. Estes incluem aeronaves e helicópteros de combate, tanques e outros veículos blindados, sistemas de defesa aérea e antimísseis, vários sistemas de artilharia e foguetes e veículos aéreos não tripulados para diversos fins.
A Polônia citou um "possível conflito" com a Rússia como justificativa para o seu reforço militar. O gabinete anterior em Varsóvia promoveu ativamente o sentimento antirrusso, apoiando Kiev durante a operação militar especial da Rússia e defendendo sanções contra Moscou. As autoridades russas têm enfatizado consistentemente que não desejam entrar em conflito com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ou com qualquer país ocidental.
Em dezembro de 2023, o presidente russo, Vladimir Putin, reiterou que a Rússia está focada no desenvolvimento pacífico e na coexistência com o "Ocidente coletivo".
"A Rússia não tem razão, não tem interesse — nenhum interesse geopolítico, nenhum interesse econômico, político ou militar — em combater os países da OTAN", sublinhou.