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Pentágono teria gastado há 4 meses US$ 300 mi aprovados pelo Congresso para Kiev na semana passada

© AP Photo / Charles DharapakVista aérea do Pentágono, em Washington, D.C., em 27 de março de 2008
Vista aérea do Pentágono, em Washington, D.C., em 27 de março de 2008 - Sputnik Brasil, 1920, 26.03.2024
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O dinheiro foi incluso em um pacote de financiamento governamental de US$ 1,2 trilhão (cerca de R$ 5,9 trilhões) assinado pelo presidente Joe Biden no sábado (23).
De acordo com o Politico, quando o Congresso aprovou US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) para armar a Ucrânia no final da semana passada, foi a primeira vez que os legisladores aprovaram um novo financiamento para o esforço de guerra de Kiev em mais de um ano. Entretanto, segundo a apuração, o dinheiro foi depositado em novembro de 2023 e já acabou.
Embora a sua aprovação possa ter marcado uma breve vitória bipartidária, foi essencialmente um movimento simbólico. Esses US$ 300 milhões "não estão disponíveis para usarmos agora", disse uma autoridade inteirada sobre as dinâmicas de orçamento sob condições de anonimato.
Ainda segundo o Politico, mesmo que estivesse disponível, o dinheiro não mudaria o rumo do conflito. Pelo contrário, foi um gesto de Washington de que os EUA não estão fora do jogo, apesar de a liderança republicana da Câmara reter cerca de US$ 60 bilhões (aproximadamente R$ 298,5 bilhões) em ajuda militar durante meses.
"Isso mostra um compromisso de longo prazo, e isso é positivo", disse o deputado Jason Crow, democrata pelo Colorado. "Mas o problema de curto prazo que temos é que os ucranianos precisavam do nosso apoio ontem", afirmou.
Durante esse período, a contraofensiva da Ucrânia fracassou e as suas unidades da linha da frente ficaram sem projéteis de artilharia críticos e outras munições.
As bandeiras da Ucrânia, dos Estados Unidos e do Distrito de Columbia tremulam juntas na avenida Pensilvânia, perto do Capitólio, em 5 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 22.03.2024
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O Congresso vem destinando anualmente financiamento para a Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI, na sigla em inglês) desde 2014, na crise envolvendo a Crimeia. Esse financiamento é separado do processo de transferência de armas existentes dos inventários dos EUA diretamente para as linhas de frente, conhecido como autoridade de retirada presidencial, que as autoridades têm usado para apressar equipamento para o campo de batalha. Após uma transferência, os legisladores devem fornecer dinheiro ao Pentágono para comprar novo equipamento de substituição.
O dinheiro da USAI, pelo contrário, tem sido utilizado para necessidades a longo prazo. Itens caros comprados desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia em 2022, incluem tanques Abrams e sistemas de defesa aérea Patriot.
Entretanto, os líderes da Casa Branca e do Pentágono alertaram durante meses que ambos os conjuntos de financiamento secaram e reduziram os esforços para enviar a Kiev mais armas, munições e equipamento.
A única solução a partir daqui, argumentam funcionários da administração Biden, é a Câmara aprovar dezenas de bilhões de dólares em nova assistência. No entanto, um pacote de ajuda mais amplo para a Ucrânia precisa esperar até abril, agora que o Congresso está em recesso por duas semanas.
Notas de euro sobre uma mesa no balcão de um banco em Dresden, Alemanha, 22 de junho de 2009 - Sputnik Brasil, 1920, 22.03.2024
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O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse na sexta-feira (22) que um ataque com mísseis russos à infraestrutura energética da Ucrânia naquele dia ressaltou a necessidade de reiniciar a ajuda. Kirby disse que é "vital que continuemos a fornecer à Ucrânia sistemas e capacidades de defesa aérea".
A Ucrânia tem sido uma questão politicamente tóxica para os EUA de modo geral. A mesma conta do Pentágono entrou em destaque neste outono (Hemisfério Norte), quando os republicanos afundaram duas vezes a legislação sobre gastos com defesa antes de o então presidente da Câmara, Kevin McCarthy, desembolsar US$ 300 milhões para a Ucrânia e aprová-la.
A deputada Marjorie Taylor Greene – republicana pela Georgia, crítica à ajuda à Ucrânia, apresentou uma moção para destituir Johnson na sexta-feira por causa do pacote de gastos para o ano inteiro que o líder aprovou com a ajuda dos democratas. Alguns democratas, no entanto, dizem estar abertos a ajudar Johnson a salvar o seu cargo se ele mantiver a votação sobre a Ucrânia.
Johnson sinalizou que pode dividir a ajuda à Ucrânia e a Israel em votações separadas. Ele poderia pressionar por projetos de lei que se concentrem apenas em armas ou ainda converter a ajuda à Ucrânia em empréstimo, como pediu o ex-presidente Donald Trump.
A maioria dos democratas, no entanto, pede que Johnson conceda a votação do projeto de lei aprovado pelo Senado. Eles argumentam que a medida, que iria direto para Biden se fosse aprovada, é a única solução viável.
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