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Aflita por apoio, Ucrânia vai à Índia e insta Nova Deli a repensar 'legado soviético com Rússia'

© AFP 2023 / Anatoli StepanovO Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, fala durante uma conferência de imprensa conjunta com o Ministro das Relações Exteriores da Moldávia em Kiev, em 13 de março de 2024
O Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, fala durante uma conferência de imprensa conjunta com o Ministro das Relações Exteriores da Moldávia em Kiev, em 13 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 29.03.2024
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Nesta semana, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, foi a Nova Deli em busca de apoio da nação mais populosa do mundo, querendo aprofundar laços com países do Sul Global devido ao momento crítico da Ucrânia no campo de batalha.
Em entrevista ao Financial Times, o chanceler instou o governo indiano a apoiar Kiev, afirmando que os laços estreitos entre Índia e Rússia se baseiam em um "legado soviético".
A visita do chanceler é a primeira de um alto funcionário ucraniano à Índia desde que a operação russa na Ucrânia começou.
"A cooperação entre a Índia e a Rússia baseia-se em grande parte no legado soviético. Mas este não é o legado que será guardado durante séculos; é um legado que está evaporando", afirmou.
Kuleba também fez uma provocação ao relacionar a amizade entre Moscou e Pequim e o que supostamente a China representa para Índia atualmente.
"A relação sino-russa deve merecer especial atenção para a Índia, à luz das suas prerrogativas de segurança nacional."
Indo mais longe com seus argumentos para convencer Nova Deli, Kuleba citou que quando o conflito acabar, a Ucrânia "provavelmente se tornará o maior canteiro de obras do mundo e as empresas indianas são bem-vindas para participar da recuperação".
Kiev procura agora "restaurar o comércio" com a Índia, disse o ministro, retomando as exportações de produtos agrícolas como o óleo de girassol e comprando ela própria mais produtos indianos: "Estamos interessados em importar alguns dos itens de maquinaria pesada que a Índia produz", acrescentou.
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, à direita, e o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, apertam as mãos durante sua reunião à margem de uma reunião de ministros das Relações Exteriores do BRICS na Cidade do Cabo. África do Sul, 1º de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 23.02.2024
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A Ucrânia tem lutado para ganhar a simpatia da Índia e de muitos outros países do Sul Global. Estes Estados evitaram, na sua maioria, tomar partido em um conflito que consideram "ser da conta das nações ricas" e cujo preço econômico pagaram em perturbações comerciais e custos mais elevados, analisa a mídia.
Apesar das declarações de Kuleba sobre os laços entre Moscou e Nova Deli estarem "evaporando", a Rússia continua a ser a maior fornecedora de armas da Índia.
O Estado indiano também se tornou um dos principais compradores de petróleo bruto russo após a operação russa na Ucrânia, além disso, a Índia divide com Moscou (junto à China e ao Brasil) a fundação original do BRICS.
Representação de um campo de petróleo - Sputnik Brasil, 1920, 25.12.2023
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Fornecimento de petróleo russo à Índia evitou o caos no mercado global, diz ministério indiano
A mídia recorda que, anteriormente, Kuleba afirmou que cada barril de petróleo bruto russo comprado pela Índia continha "uma boa porção de sangue ucraniano". No entanto, Kiev tem procurado suavizar as relações com Nova Deli, à medida que tenta conquistar mais países para a sua causa, escreve o Financial Times.
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