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Mídia: Taiwan constrói defesas móveis para 'travar China' enquanto espera EUA em eventual ataque

© Foto / Twitter / ReproduçãoTaiwan corvetas
Taiwan corvetas - Sputnik Brasil, 1920, 29.03.2024
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As embarcações fazem parte de uma maior ênfase em armamento pequeno e móvel para lidar de forma mais eficaz com a esmagadora vantagem militar da China.
Os militares taiwaneses estão mudando a forma como planejam responder a um ataque das forças chinesas em rápido crescimento, adotando mais equipamento móvel para reagir após um desembarque, em vez de se concentrar em repelir uma invasão no mar com poder de fogo.
De acordo com o jornal Nikkei Asia, a Marinha taiwanesa recebeu nesta semana duas corvetas "assassinas de porta-aviões", entregues pelo construtor naval 20 meses antes do previsto, em uma cerimônia presidida pela presidente Tsai Ing-wen, que ordenou a construção dos navios.

O objetivo é alavancar as defesas da ilha para travar o avanço da China, ganhando tempo para a chegada do apoio dos Estados Unidos, afirma a mídia.

Os navios têm capacidades furtivas que os tornam difíceis de serem detectados pelos sistemas de radar chineses e também estão equipados com mísseis antinavio e antiaéreos. Taiwan agora tem seis corvetas e pretende elevar o total para 11 até 2026, relata a mídia.
Ainda segundo o jornal, a edição de 2023 do Relatório de Defesa Nacional do Ministério da Defesa de Taiwan apresenta uma estratégia de "defesa em profundidade" e inclui um plano operacional que prevê um desembarque de tropas chinesas.
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Sendo assim, Taipé empregará uma "abordagem assimétrica", contrariando o armamento pesado das forças chinesas com equipamentos menores e mais móveis, como as corvetas, diz o relatório.
Essa nova estratégia marca um afastamento da opção anterior, que consistia em concentrar a defesa de uma invasão chinesa o mais longe possível da ilha principal. Esta estratégia "baseia-se na Guerra do Vietnã, quando as forças dos EUA foram atormentadas pela guerra de guerrilha na selva", disse um antigo oficial militar taiwanês à mídia.
Makoto Ogata, um ex-major-general da Força de Autodefesa Aérea do Japão que serviu na embaixada de facto de Tóquio em Taiwan, disse que a mudança decorre de lições do conflito na Ucrânia.
Os militares taiwaneses também estão começando a treinar jovens alistados neste ano no uso de mísseis antiaéreos portáteis Javelin e Stinger, ambos empregados por Kiev.
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Chefe da Marinha de Taiwan visitará os EUA

Além da nova estratégia, o chefe da força marítima taiwanesa, Tang Hua, visitará os Estados Unidos a partir da próxima semana para participar de uma cerimônia militar e discutir como impulsionar a cooperação naval bilateral.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, Tang visitaria o Havaí, sede do Comando Indo-Pacífico dos EUA, ao mesmo tempo que deve participar da conferência Sea-Air-Space (Mar-Ar-Espaço, em tradução livre), de 8 a 10 de abril, perto de Washington. Também estava em andamento negociações para organizar uma reunião com a chefe de operações navais norte-americana, almirante Lisa Franchetti.
Ao contrário das visitas aos EUA de altos funcionários de aliados como o Japão e o Reino Unido, conduzidas abertamente, as de funcionários taiwaneses, especialmente militares, são mantidas discretas e muitas vezes não confirmadas oficialmente.
Pequim vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China. A ilha autogovernada não declarou formalmente sua independência, mas afirma já ser, mantendo laços próximos, inclusive militares, a países ocidentais, principalmente os EUA, que, ironicamente, afirmam reconhecer o princípio de Uma Só China.
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