EUA avaliam vender caças, mísseis e bombas para Israel em meio à operação terrestre em Rafah
17:39 01.04.2024 (atualizado: 18:31 01.04.2024)
© AP Photo / Tsafrir AbayovVeículos do Exército israelense chegam à área de preparação após combate na Faixa de Gaza. Israel, 30 de dezembro de 2023
© AP Photo / Tsafrir Abayov
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Os Estados Unidos consideram vender caças F-15, mísseis e bombas para Israel em meio ao anúncio do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu da escalada do conflito na Faixa de Gaza diante da operação terrestre em Rafah, no sul do enclave palestino. A guerra dura quase seis meses e já provocou a morte de 33 mil palestinos.
A informação foi divulgada pelo Politico nesta segunda-feira (1º), que citou um assessor do Congresso norte-americano.
"A administração Biden pode vender para Israel até 50 novos caças F-15, 30 mísseis ar-ar avançados de médio alcance AIM-120 e uma série de kits de conjuntos de munições de ataque direto, segundo um assessor do Congresso e pessoa familiarizada com as discussões", relata a publicação.
Apesar da pendência da aprovação do governo dos Estados Unidos para a venda, as comissões parlamentares já foram notificadas da proposta, segundo o portal, o que "significa que a administração está pronta para avançar com a venda".
"As notícias dos acordos pendentes chegam em um momento em que críticos dentro e fora do governo dos EUA dizem que o presidente Joe Biden tem a responsabilidade de limitar as vendas de armas a Israel, à medida que o número de mortos aumenta em Gaza", enfatiza a notícia.
Planos operacionais aprovados
No domingo (31), o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que os planos operacionais para uma ofensiva terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, estavam aprovados e as Forças Armadas do país já se preparam para evacuar civis da cidade.
"Aprovamos os planos operacionais das Forças de Defesa de Israel [FDI] para a ofensiva em Rafah. Isso levará tempo, mas precisa ser feito. Vamos entrar lá e eliminar os batalhões do Hamas. Não haverá vitória sem eliminar os batalhões do Hamas", disse.
O primeiro-ministro israelense também negou na ocasião que a operação terrestre tenha sido adiada por conta da pressão dos Estados Unidos diante do mês sagrado muçulmano do Ramadã, cujas celebrações ocorreram ao longo do mês de março.