Jordânia e Egito rejeitam tentativas de Israel de deslocar palestinos da Cisjordânia e de Gaza
18:12 01.04.2024 (atualizado: 18:51 01.04.2024)
© AP Photo / Mahmoud EssaCampo de refugiados palestinos totalmente destruído após constantes bombardeios promovidos pelas Forças de Defesa de Israel (FDI). Jabalia, Faixa de Gaza, 29 de fevereiro de 2024
© AP Photo / Mahmoud Essa
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O rei Abdullah II da Jordânia e o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, reafirmaram nesta segunda-feira (1º) que rejeitam qualquer tentativa de deslocar os palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, ou de separá-los, advertindo das sérias consequências de qualquer operação militar em Rafah.
Durante uma reunião em Amã, os dois líderes enfatizaram também a necessidade de um cessar-fogo humanitário imediato e do fim das hostilidades das Forças de Defesa de Israel (FDI) em Gaza, de acordo com um comunicado da Corte Real Haxemita.
O rei Abdullah agradeceu ao Egito pelos esforços contínuos para alcançar um cessar-fogo humanitário em Gaza. No encontro também foram abordadas estratégias para abrir passagens de fronteira e remover obstáculos para a entrega urgente de ajuda humanitária ao território.
Ambos destacaram a necessidade de uma solução política para a questão palestina, a fim de alcançar uma paz justa e abrangente com base na solução de dois Estados, garantindo o estabelecimento de um Estado palestino independente nos moldes das fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital.
Ontem (31) o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou que o governo aprovou planos operacionais para uma ofensiva terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e as FDI já se preparam para evacuar civis da cidade.
Após quase seis meses de intensos confrontos no território em que mais de 90% da população foi obrigada a sair de casa, o número de palestinos mortos no enclave chega a quase 33 mil.