- Sputnik Brasil, 1920
Panorama internacional
Notícias sobre eventos de todo o mundo. Siga informado sobre tudo o que se passa em diferentes regiões do planeta.

Estagnação econômica alemã destaca crescimento de Itália, Espanha, Portugal e Grécia, diz mídia

CC0 / Unsplash / Cédulas de euro (imagem de referência)
Cédulas de euro (imagem de referência) - Sputnik Brasil, 1920, 03.04.2024
Nos siga no
O desempenho superior de Estados do sul da zona do euro revela dois movimentos econômicos dentro do bloco europeu, contrastando fortemente com a estagnação de Berlim, considerada anteriormente a locomotiva europeia.
De acordo com o Financial Times (FT), as quatro maiores economias do sul da Europa superaram a Alemanha em cerca de 5% desde 2017, destacando a recuperação em duas velocidades da região.
Itália, Espanha, Portugal e Grécia acrescentaram coletivamente mais de € 200 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) ao produto interno bruto (PIB) – mais do que toda a economia portuguesa – em termos ajustados aos preços ao longo dos últimos seis anos, enquanto o PIB da Alemanha cresceu apenas € 85 bilhões (aproximadamente R$ 463,6 bilhões), de acordo com uma análise realizada pela consultoria Capital Economics encomendada pelo FT.
Desde 2020, quando o mundo teve de enfrentar a pandemia de COVID-19, a economia da Alemanha quase não cresceu e isso se deve a uma forte desaceleração no seu vasto setor industrial potencializado pelo aumento dos custos de energia causados pelas sanções ocidentais ao fornecimento de energia russa desde o início da operação militar especial na Ucrânia.
Em contraste, os países do sul da Europa foram impulsionados por uma recuperação do turismo após o levantamento das restrições pandêmicas, bem como pela sua menor exposição à recessão industrial e à perda de gás russo barato. Para além disso, outras análises indicam que os países do norte do bloco perderam competitividade em termos de custos trabalhistas — ante a pressão salarial que deve acompanhar os índices inflacionários — e em função do acesso às linhas de crédito para reformas estruturais dos países do sul.
Guarda presidencial grega enquadrada pelos restos de uma bandeira da União Europeia, parcialmente queimada por manifestantes em Atenas, em 1º de maio de 2013 - Sputnik Brasil, 1920, 15.02.2024
Panorama internacional
Economista: Europa está 'em uma crise terminal' com a China e aliados que a 'desafiam'
"Os 'periféricos' eram 20% maiores [do que a Alemanha] antes da crise financeira global [de 2008]", afirmou o economista-chefe para a Europa da Capital Economics, Andrew Kenningham.
O desempenho relativamente superior dos países do sul parece ter ajudado o Banco Central Europeu a manter um amplo consenso sobre o momento de potenciais cortes nas taxas de juros a partir de junho, caso a pressão sobre os preços continue a cair nas taxas atuais, afirmou o especialista.
Ainda de acordo com os dados compilados pela consultoria, as duas velocidades econômicas da zona do euro ajudaram a reduzir a disparidade entre o custo do empréstimo aos países do sul da Europa em comparação com a Alemanha. Um exemplo concreto é que os rendimentos das obrigações de dez anos na Itália caíram para seu nível mais baixo desde 2021.
Os países do sul, incluindo a Itália e a Espanha, a terceira e a quarta maiores economias da zona do euro, respectivamente, devem continuar registrando um desempenho superior neste ano, à medida que continuam crescendo solidamente, enquanto a Alemanha e outras economias do norte, como a Áustria e os Países Baixos, devem permanecer estagnadas.
Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a cnteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала