'Querer pôr África do Sul de joelhos é autossabotagem dos EUA', diz chanceler ante pressão americana
'Querer pôr África do Sul de joelhos é autossabotagem dos EUA', diz chanceler ante pressão americana
Sputnik Brasil
Um projeto de lei que tramita no Congresso dos Estados Unidos afirma que "o governo sul-africano tem um histórico de se aliar a atores malignos" e analisa se a... 05.04.2024, Sputnik Brasil
Em um artigo publicado nesta sexta-feira (5) pela ministra das Relações Exteriores sul-africana Naledi Pandor no Financial Times, a chanceler diz que "dada a forte relação entre os nossos países" o projeto de lei bilateral que apela aos EUA para reverem suas relações com Pretória "é particularmente desconcertante"."O projeto de lei também não reconhece o direito de todas as nações soberanas de desenvolverem e promoverem suas próprias políticas externas", uma vez que Washington "critica-nos por levar Israel ao Tribunal Internacional de Justiça [TPI]".Ao mesmo tempo, a chanceler indicou que "seria devastador" para o comércio bilateral se o projeto de lei fosse levado à frente, visto que "a África do Sul é o maior importador de produtos dos EUA na África Subsaariana e a maior fonte de investimento estrangeiro direto para os EUA vindo do continente africano"."A África do Sul abriga mais de 600 empresas norte-americanas em diversos setores, empregando aproximadamente 134.600 pessoas. Tentar pôr a África do Sul de joelhos equivale quase a uma autossabotagem para os EUA", afirmou a chanceler.Associada ao projeto de lei norte-americano, está a ameaça de retirar Pretória da Lei de Crescimento e Oportunidades para África (AGOA), organização na qual 40 países africanos se beneficiam de acesso isento de tarifas ao mercado estadunidense para determinados produtos.O projeto de lei norte-americano foi apresentado na Câmara dos Representantes em 6 de fevereiro, criticando uma série de posições de política externa assumidas pela África do Sul – incluindo o seu caso perante o TPI que acusa Israel de genocídio.A iniciativa soma-se às críticas feitas pelos legisladores estadunidenses à recusa da África do Sul em apoiar a posição ocidental no conflito entre Rússia e Ucrânia, e ao seu aprofundamento da relação com o BRICS.
Um projeto de lei que tramita no Congresso dos Estados Unidos afirma que "o governo sul-africano tem um histórico de se aliar a atores malignos" e analisa se a África do Sul "se envolveu em atividades que prejudicam a segurança nacional dos EUA ou os interesses da política externa".
Em um artigo publicado nesta sexta-feira (5) pela ministra das Relações Exteriores sul-africana Naledi Pandor no Financial Times, a chanceler diz que "dada a forte relação entre os nossos países" o projeto de lei bilateral que apela aos EUA para reverem suas relações com Pretória "é particularmente desconcertante".
"O projeto de lei também não reconhece o direito de todas as nações soberanas de desenvolverem e promoverem suas próprias políticas externas", uma vez que Washington "critica-nos por levar Israel ao Tribunal Internacional de Justiça [TPI]".
"Na sua decisão sobre medidas provisórias, o TPI encontrou provas plausíveis de que Israel estava conduzindo um genocídio contra os palestinos em Gaza", acrescentou Pandor.
Ao mesmo tempo, a chanceler indicou que "seria devastador" para o comércio bilateral se o projeto de lei fosse levado à frente, visto que "a África do Sul é o maior importador de produtos dos EUA na África Subsaariana e a maior fonte de investimento estrangeiro direto para os EUA vindo do continente africano".
"A África do Sul abriga mais de 600 empresas norte-americanas em diversos setores, empregando aproximadamente 134.600 pessoas. Tentar pôr a África do Sul de joelhos equivale quase a uma autossabotagem para os EUA", afirmou a chanceler.
Associada ao projeto de lei norte-americano, está a ameaça de retirar Pretória da Lei de Crescimento e Oportunidades para África (AGOA), organização na qual 40 países africanos se beneficiam de acesso isento de tarifas ao mercado estadunidense para determinados produtos.
"As repercussões da perda da adesão à AGOA não afetarão apenas a África do Sul, mas terão um impacto negativo na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral como um todo. Além disso, a África do Sul é um fornecedor significativo de minerais críticos para Washington. Se perdermos a adesão à AGOA, isso poderá ter ramificações negativas para os EUA", complementou Pandor.
O projeto de lei norte-americano foi apresentado na Câmara dos Representantes em 6 de fevereiro, criticando uma série de posições de política externa assumidas pela África do Sul – incluindo o seu caso perante o TPI que acusa Israel de genocídio.
A iniciativa soma-se às críticas feitas pelos legisladores estadunidenses à recusa da África do Sul em apoiar a posição ocidental no conflito entre Rússia e Ucrânia, e ao seu aprofundamento da relação com o BRICS.
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