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Mídia ocidental foi instruída a não falar sobre vítimas do atentado perto de Moscou, diz Rússia

© Sputnik / Sergei Bobylev / Acessar o banco de imagensMembros das forças de segurança perto do salão de concertos Crocus City Hall, na região de Moscou
Membros das forças de segurança perto do salão de concertos Crocus City Hall, na região de Moscou - Sputnik Brasil, 1920, 08.04.2024
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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia condenou o que disse ser uma tentativa do Ocidente de encobrir seu papel e demonizar o governo russo após a tragédia na sala de concertos.
A mídia ocidental foi instruída a manter silêncio sobre o número de vítimas do ataque terrorista no Crocus City Hall, comunicou nesta segunda-feira (8) o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"Particularmente cínicas são as tentativas do Ocidente de distrair a comunidade internacional dos verdadeiros organizadores e beneficiários, por meio da instrução categórica para não cobrir a verdadeira escala da tragédia na mídia: não mencionar o número de vítimas do ataque terrorista, de crianças mortas, nem mostrar a reação dos cidadãos comuns ao que aconteceu", indica o ministério em seu canal no Telegram.
A chancelaria explicou o fato pelo desejo de não demonstrar simpatia e humanismo em relação aos russos.
O ministério acrescentou que, imediatamente após o ataque, a mídia e as autoridades ocidentais organizaram uma campanha de relações públicas para negar o envolvimento dos serviços de segurança ucranianos.
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Assim, a mídia foi instruída a replicar a versão de que o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) esteve envolvido na organização do ataque; foi orientada a negar os vínculos dos islamistas com Kiev e com os serviços secretos ocidentais, bem como a desacreditar os resultados da investigação e a promover a teoria de que "os serviços secretos russos estiveram envolvidos".
Em 22 de março, vários homens armados invadiram a sala de concertos Crocus City Hall e começaram a atirar nas pessoas. Os terroristas também provocaram um incêndio no local. O ataque deixou 144 mortos, segundo os últimos dados do Ministério para Situações de Emergência.
Os quatro principais suspeitos do caso — todos cidadãos do Tajiquistão — tentaram fugir do local de carro, mas foram detidos já perto da fronteira russa e acusados de terrorismo.
As autoridades russas acreditam que o plano dos suspeitos era fugir para a Ucrânia, onde os organizadores do ataque tinham um refúgio seguro para eles. Uma investigação sobre o caso está em andamento.
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