Terrorismo nuclear: Kiev utiliza armas com autorização do Ocidente contra Zaporozhie, diz analista
13:08 11.04.2024 (atualizado: 15:42 11.04.2024)
© AP Photo / dpa / picture allianceMilitar russo guarda área da estação de energia nuclear de Zaporozhie
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A culpa pelos ataques à usina nuclear de Zaporozhie e pelas suas possíveis consequências cabe inteiramente aos líderes dos Estados que fornecem armas e informações a Kiev, recursos financeiros, treinamento de soldados e "apoio" aos crimes ucranianos, diz o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia emitiu um comunicado sobre o risco enfrentado pela usina nuclear de Zaporozhie (ZNPP, na sigla em inglês) no qual afirma que "com suas ações criminosas, a Ucrânia, apoiada pelos EUA e pelos seus satélites ocidentais, deixa essencialmente claro que embarcou no caminho do terrorismo nuclear".
Segundo o documento, o ministério enfatiza que "a tarefa da comunidade mundial, bem como das organizações internacionais, principalmente da Associação Internacional de Energia Atômica [AIEA], é privar Kiev da capacidade de realizar ataques terroristas contra instalações nucleares".
Para o analista internacional Eduardo Luque, há questões muito importantes para se levar em conta diante desses ataques terroristas. "Um deles é o controle que o Ocidente exerce sobre as armas que envia à Ucrânia", ressaltou.
"Quando o Ocidente envia certos tipos de armas para um terceiro país, se reserva o direito de esse país usá-las ou não. Existem vários exemplos disso. Não é que eles lhes vendam um míssil e você possa usá-los imediatamente para seus próprios propósitos. Esse míssil que eles lhe enviam tem protocolos de intervenção, que em última análise estão nas mãos do país vendedor. Portanto, os drones que são usados para bombardear e tentar destruir uma usina nuclear devem ser controlados pelo país vendedor", explica Luque.
O especialista sublinha que a Ucrânia utiliza armas com autorização do Ocidente, "[...] que deve fornecer uma logística adequada para que possam atingir os objetivos pré-determinados", e sublinha que neste caso "estamos falando de ataques nucleares", concluiu ele.