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Como mísseis iranianos podem atingir alvos no Israel apesar do bloqueio do GPS
Como mísseis iranianos podem atingir alvos no Israel apesar do bloqueio do GPS
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Nenhum míssil construído no Irã nos últimos 12 anos usa sistemas de posicionamento internacional, incluindo o sistema de posicionamento global (GPS), informou... 12.04.2024, Sputnik Brasil
2024-04-12T06:09-0300
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O Exército da Israel tem intensificado a interferência de sinais de GPS em todo o país, enquanto se prepara para uma possível retaliação do Irã ou das milícias xiitas após o assassinato de generais iranianos na capital síria, Damasco. A declaração do Irã não é de modo algum um exagero, de acordo com Konstantin Sivkov, especialista militar russo e doutor em ciências militares. Ele destacou que os primeiros mísseis Tomahawk fabricados nos EUA realizaram ataques de precisão antes que o sistema de posicionamento global (GPS) se tornasse operacional."Existe um sistema [de navegação] que é chamado pelos americanos de Tercom [sistema de direção inercial auto-ajustável]", disse o especialista à Sputnik. "Como ele funciona? O míssil voa usando seus sistemas de controle a bordo. Ao se aproximar de um determinado local de correção, o míssil liga seu radioaltímetro (RALT). Ele contorna o terreno usando o radioaltímetro, o que lhe permite tirar fotos do terreno a uma certa altitude, após o que o sistema de controle de bordo do Tomahawk correlaciona o terreno do qual tirou a foto com o terreno que está carregado no míssil e determina a localização com uma precisão de metros", disse o especialista militar Quando o GPS se tornou operacional na década de 1990, os militares dos EUA passaram a utilizá-lo para corrigir a trajetória do míssil em caso de mudanças urgentes na missão, objetivo e localização , continuou Sivkov. O GPS permite que os controladores façam correções na missão do míssil, enquanto o sistema Tercom usa dados inicialmente carregados, segundo o especialista. "No entanto, o sistema Tercom ainda existe e o Irã o usa. Nós também usamos esse sistema. Ele é bastante viável. E os americanos têm esses mísseis. Por exemplo, o Tomahawk tem dois sistemas de controle de voo - GPS e Tercom", explicou Sivkov. Mísseis iranianos usando o sistema Tercom podem atingir o alvo facilmente, de acordo com o especialista. Em 1º de abril, um ataque aéreo ao Consulado-Geral do Irã em Damasco matou 12 pessoas, incluindo o general Mohammad Reza Zahedi, comandante da Força Quds, seu adjunto, o general Mohammad Hadi Hajriahimi, e cinco outros oficiais. Apesar de Israel não assumir oficialmente a responsabilidade pelo ataque, declarações de militares israelenses deixam pouca ou nenhuma dúvida sobre o envolvimento de Tel Aviv.
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Como mísseis iranianos podem atingir alvos no Israel apesar do bloqueio do GPS
06:09 12.04.2024 (atualizado: 08:44 12.04.2024) Nenhum míssil construído no Irã nos últimos 12 anos usa sistemas de posicionamento internacional, incluindo o sistema de posicionamento global (GPS), informou a agência Fars, citando uma fonte do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês).
O Exército da Israel tem intensificado a interferência de sinais de GPS em todo o país, enquanto se prepara para uma possível retaliação do Irã ou das milícias xiitas após o
assassinato de generais iranianos na capital síria, Damasco.
Por sua vez, os iranianos disseram que os esforços de Israel para bloquear o GPS são em vão, uma vez que nenhum míssil construído pela República Islâmica na última década usa este tipo de sistemas de navegação.
A declaração do Irã não é de modo algum um exagero, de acordo com Konstantin Sivkov, especialista militar russo e doutor em ciências militares. Ele destacou que os primeiros mísseis Tomahawk fabricados nos EUA realizaram ataques de precisão antes que o
sistema de posicionamento global (GPS) se tornasse operacional.
"Existe um sistema [de navegação] que é chamado pelos americanos de Tercom [sistema de direção inercial auto-ajustável]", disse o especialista à Sputnik. "Como ele funciona? O míssil voa usando seus sistemas de controle a bordo. Ao se aproximar de um determinado local de correção, o míssil liga seu radioaltímetro (RALT). Ele contorna o terreno usando o radioaltímetro, o que lhe permite tirar fotos do terreno a uma certa altitude, após o que o sistema de controle de bordo do Tomahawk correlaciona o terreno do qual tirou a foto com o terreno que está carregado no míssil e determina a localização com uma precisão de metros", disse o especialista militar
"Depois disso, o míssil faz uma manobra para definir sua trajetória para o alvo designado e voa para o próximo local de correção. Existem cerca de dois ou três desses locais de correção que garantem o movimento do míssil com uma precisão muito alta na área alvo. Na área alvo, o míssil sobe ligeiramente e, em seguida, com a ajuda de uma estação de radar ou com a ajuda de equipamentos optoeletrônicos, faz uma imagem de radar da área, após o que compara com a imagem gravada no seu interior, identifica o objeto que deve ser atingido com precisão muito alta e o atinge. A precisão do ataque neste caso tem uma probabilidade de erro circular de 5-10 metros", explicou Sivkov.
Quando o GPS se tornou operacional na década de 1990, os militares dos EUA passaram a utilizá-lo para corrigir a trajetória do míssil em caso de mudanças urgentes na missão, objetivo e localização , continuou Sivkov. O GPS permite que os controladores façam correções na missão do míssil, enquanto o sistema Tercom usa dados inicialmente carregados, segundo o especialista.
"No entanto, o sistema Tercom ainda existe e o Irã o usa. Nós também usamos esse sistema. Ele é bastante viável. E os americanos têm esses mísseis. Por exemplo, o Tomahawk tem dois sistemas de controle de voo - GPS e Tercom", explicou Sivkov.
Mísseis iranianos usando o sistema Tercom podem atingir o alvo facilmente, de acordo com o especialista.
Em 1º de abril, um ataque aéreo ao Consulado-Geral do Irã em Damasco matou 12 pessoas, incluindo o general Mohammad Reza Zahedi, comandante da Força Quds, seu adjunto, o general Mohammad Hadi Hajriahimi, e cinco outros oficiais.
Apesar de Israel não assumir oficialmente a responsabilidade pelo ataque, declarações de
militares israelenses deixam pouca ou nenhuma dúvida sobre o envolvimento de Tel Aviv.
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