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Ocidente usou mandato de Zelensky para 'falsas promessas de paz', diz ex-analista do Pentágono

© Sputnik / Stanislav KrasilnikovMilitares da Divisão Reativa da Brigada de Artilharia do agrupamento de tropas Tsentr (Centro), do Distrito Militar Central das Forças Armadas da Rússia, atacam posições das Forças Armadas da Ucrânia na direção de Avdeevka, durante a operação militar especial, em 8 de março de 2024
Militares da Divisão Reativa da Brigada de Artilharia do agrupamento de tropas Tsentr (Centro), do Distrito Militar Central das Forças Armadas da Rússia, atacam posições das Forças Armadas da Ucrânia na direção de Avdeevka, durante a operação militar especial, em 8 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 12.04.2024
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Para a ex-analista do Pentágono e tenente aposentada da Força Aérea dos Estados Unidos Karen Kwiatkowski, o Ocidente perdeu o mandato concedido pelo povo a Vladimir Zelensky nas eleições presidenciais há cinco anos, quando os ucranianos esperavam pela paz, mas não a "obtiveram". Declaração foi dada em reunião no Conselho de Segurança da ONU.

"O que os ucranianos querem? Zelensky foi eleito com uma esmagadora maioria há cinco anos porque prometeu paz e o fim da guerra em Donbass. O Ocidente desperdiçou o mandato de Zelensky e desconsiderou cada uma de suas promessas", disse Kwiatkowski.

Durante a reunião, a tenente aposentada norte-americana lembrou que atualmente o regime de Zelensky se resume a "implorar por dólares esgotados e sistemas de armas inacessíveis". Nos últimos meses, Kiev enfrenta dificuldades de financiamento com o seu principal fiador, os Estados Unidos: o projeto que destina US$ 60 bilhões (R$ 307 bilhões) está parado no Congresso por conta da resistência dos republicanos.
Além disso, a ex-analista do Pentágono lembrou da prisão pelo governo Zelensky de "pessoas pela liberdade de expressão e jornalismo, fechando partidos políticos e igrejas e suspendendo a realização das eleições presidenciais".
Para Karen Kwiatkowski, os ucranianos desejam hoje, mais do que nunca, que a paz seja alcançada, processo que foi boicotado pelo Ocidente desde o início da operação militar especial russa no país.
"Em vez do que a maioria dos ucranianos deseja, eles recebem mais armas. Milhares de metralhadoras, rifles de precisão, lançadores de granadas e centenas de milhares de cartuchos confiscados pelos Estados Unidos foram enviados à Ucrânia apenas na semana passada", observou.
Sobre as entregas dispersas de armas à Ucrânia, a ex-analista foi enfática: "Não, elas não ajudarão [no campo de batalha]".
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Eleição presidencial cancelada na Ucrânia

Previstas para terem ocorrido no fim de março, as eleições presidenciais na Ucrânia foram canceladas por Zelensky sob pretexto do conflito. Especialistas já avaliaram à Sputnik que não realizar o pleito, apesar de o mandato do presidente terminar em dois meses, provavelmente não terá um impacto significativo em seu relacionamento com o Ocidente.
Enquanto autoridades em Kiev insistiam que essa decisão está ligada à operação militar especial, há suspeitas de que a decisão foi motivada pelas avaliações de Zelensky nas pesquisas de opinião.
"Ele não quer realizar eleições porque teme perdê-las e que alguém mais ocupe seu lugar. A Ucrânia não está em estado de guerra, a mobilização não foi oficialmente declarada, não há outros atributos associados a um país que está oficialmente em estado de guerra. A lei marcial, é claro, pode permitir que ele estenda seu mandato, mas não indefinidamente", disse o analista político Bogdan Bezpalko à Sputnik.
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