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Cientista político: escalada no Oriente Médio mostra impotência de instituições internacionais

© Foto / Roberto Schmidt / AFPSoldados de brigada dos EUA a bordo do navio USAV Monterrey antes de partirem do cais da Base Conjunta Langley-Eustis para o Oriente Médio, em assistência ao corredor multinacional de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Hampton, Virgínia, 12 de março de 2024
Soldados de brigada dos EUA a bordo do navio USAV Monterrey antes de partirem do cais da Base Conjunta Langley-Eustis para o Oriente Médio, em assistência ao corredor multinacional de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Hampton, Virgínia, 12 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 15.04.2024
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O agravamento da situação no Oriente Médio revela a incapacidade das instituições globais de proteger o direito internacional, disse o cientista político equatoriano Eduardo Meneses.
"O que aconteceu nesta escalada de violência, e o Irã deixou isso claro, deve-se ao fracasso das instituições internacionais em proteger o direito internacional", afirmou em entrevista à Sputnik.

"Mais de seis meses se passaram, o que mostrou que a ONU [Organização das Nações Unidas] e o Conselho de Segurança das Nações Unidas [CSNU] são completamente incapazes de fazer qualquer coisa sobre o genocídio que ocorre na Palestina. Alguns meses depois houve uma declaração do Conselho de Segurança, mas agora vemos que mesmo essa declaração não foi verdadeiramente eficaz."

Segundo ele, Israel não foi sancionado pelo ataque ao consulado iraniano porque "está em uma posição que é interessante para os Estados Unidos e a Europa continuarem a dominar os recursos que existem no Oriente Médio, como o gás e o petróleo".
O cientista político entende que a única solução possível para o conflito é um embargo militar e econômico contra Israel e o fim do apoio ao exército do país por parte dos EUA e da Europa.

"Essa é a única solução que poderia abrir caminho para negociações reais, para acabar com o genocídio e a colonização das terras palestinas."

A unidade de elite das Forças Armadas iranianas, o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), lançou um ataque contra Israel na noite de 13 de abril em resposta à destruição por aeronaves israelenses do consulado iraniano na Síria no início do mês.
O ataque, segundo várias fontes, envolveu várias centenas de mísseis e drones, incluindo drones kamikaze Shahed, mísseis hipersônicos Fattah e Fattah-2. O canal de televisão estatal iraniano PressTV informou que todos os mísseis hipersônicos atingiram seus alvos.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), o Irã lançou um total de mais de 300 munições e UAV, incluindo cerca de 170 drones, mais de 30 mísseis de cruzeiro e mais de 120 mísseis balísticos. Ao mesmo tempo, Israel afirma que apenas "alguns mísseis" atingiram o país e causaram "danos menores".
O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas Iranianas, Mohammad Bagheri, disse que Teerã completou sua operação e não planeja continuá-la, mas se Israel tomar alguma medida, a próxima operação iraniana será maior do que a anterior.
O ministro do Gabinete de Guerra de Israel, Benny Gantz, disse que o país pretende criar uma coligação regional contra a ameaça iraniana e responder ao ataque no momento apropriado e de forma adequada. No entanto, vale ressaltar que espera-se que o governo israelense decida sobre novas ações em um futuro próximo.
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