Hamas rejeita todas as cláusulas do acordo de cessar-fogo em Gaza, diz mídia
07:34 16.04.2024 (atualizado: 11:59 16.04.2024)
© AFP 2023 / -Pessoas passam pela sede danificada da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês), na cidade de Gaza, 15 de fevereiro de 2024
© AFP 2023 / -
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O movimento palestino Hamas rejeitou todas as cláusulas da última proposta de acordo de reféns, aumentando o número de prisioneiros palestinos por refém — que devem ser libertados por Israel — como parte do acordo, informou um jornal israelense na segunda-feira (15), citando um alto funcionário israelense.
O Hamas está pronto para libertar apenas cerca de 20 reféns – mulheres e homens de mais de 50 anos – como parte da primeira fase do acordo, afirma o The Times of Israel. O movimento também exige que Israel concorde com um cessar-fogo de seis semanas antes que o Hamas liberte estes reféns, informou.
"[O chefe do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya] Sinwar não quer um acordo. Ele não se importa se os habitantes de Gaza continuarem a sofrer, mesmo depois da extraordinária flexibilidade israelense em relação a todos os parâmetros da proposta norte-americana", teria dito o funcionário ao jornal.
No último sábado (13), o Hamas chegou a exigir dos mediadores um "compromisso claro por escrito" de que Israel se retiraria da Faixa de Gaza durante a implementação da segunda etapa do acordo de cessar-fogo dividido em três fases que estava sendo discutido de acordo com a apuração do Politico, vinda de um alto funcionário egípcio e um funcionário do Hamas.
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque com foguetes em grande escala contra Israel e rompeu a fronteira de Gaza, atacando bairros civis e bases militares. Cerca de 1.200 pessoas em Israel foram mortas e outras 240 foram sequestradas durante o ataque. Israel lançou ataques retaliatórios, ordenou um bloqueio total de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Mais de 33.700 pessoas foram mortas até agora por ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais.