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Pacote de sanções dos EUA contra o Irã pode colocar Biden 'em apuros', diz analista à Sputnik

© AP Photo / Alex BrandonJoe Biden em evento de campanha na sede do United Steelworkers, sindicato em Pittsburgh, Pensilvânia. EUA, 17 de abril de 2024
Joe Biden em evento de campanha na sede do United Steelworkers, sindicato em Pittsburgh, Pensilvânia. EUA, 17 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 17.04.2024
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O Congresso dos EUA anunciou planos para aprovar um novo pacote de sanções contra o Irã em punição ao ataque contra Israel. À Sputnik, analista aponta que a medida pode complicar a situação do presidente norte-americano, Joe Biden, no cenário eleitoral.
Nesta semana, membros do Congresso dos Estados Unidos anunciaram planos para introduzir novas sanções contra o Irã, com o objetivo de punir o país por sua retaliação a Israel pelo ataque ao consulado iraniano na Síria.
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, anunciou que seu departamento "não hesitará em trabalhar com os nossos aliados para usar a autoridade de sanções" contra o Irã, enquanto o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, declarou que os EUA antecipam que os seus "aliados e parceiros" vão seguir o exemplo e impor suas próprias sanções contra o Teerã.
A administração Biden, no entanto, parece decidida a evitar uma escalada na região do golfo Pérsico, conforme disse à Sputnik o analista financeiro e geopolítico Tom Luongo.

"Ninguém deseja o cenário que viria se Israel e o Irã entrassem de fato em guerra. Os EUA são mais do que capazes de fazer o Irã pagar pelo fechamento do estreito de Ormuz, mas isso é algo com o qual o Pentágono não quer ter de lidar", disse Luongo.

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Tendo observado que "os preços do petróleo estão em escalada, eles parecem presumir que o conflito cessará por aqui", diz Luongo, acrescentando que isso pode ser um "erro perigoso" devido à posição precária em que a liderança de Israel se encontra atualmente.

"O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não tem outro caminho político a não ser continuar com sua postura agressiva. Caso contrário, sua carreira, no mínimo, estará encerrada", explicou Luongo.

Segundo Luongo, embora Biden esteja tentando pressionar Israel a recuar, ele também tem de enfrentar o lobby israelense no Congresso dos EUA, que deseja uma guerra com o Irã e "pode colocar Biden em apuros caso seja aprovado no Congresso americano um novo pacote de sanções contra o Irã".
"Então, para se manter no poder, Biden deve aplicar o máximo de pressão possível para vencer as eleições, enquanto Netanyahu consegue a guerra com o Irã que desejou a vida toda", afirma Luongo.
Luongo também destacou que a China tem um investimento maciço no Irã, pois o país é o ponto terminal de sua Iniciativa Cinturão e Rota.
"Eles [China] apoiarão financeiramente o Irã, se necessário, mas serão os russos que darão ao Irã o apoio militar e diplomático de que o país necessita para atravessar a situação, desde que os iranianos não pareçam o lado agressor em qualquer fase do conflito", conclui Luongo.
No dia 13, o Irã lançou um ataque massivo contra Israel em retaliação ao ataque perpetrado por Tel Aviv no dia 1º de abril contra o Consulado do Irã em Damasco, na Síria, que matou sete membros da elite do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês).
EUA, Reino Unido, França e Jordânia atuaram em defesa de Israel, abatendo drones que se dirigiam ao espaço aéreo israelense. Biden, no entanto, vem pressionando Israel a não buscar uma guerra mais ampla na região.
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