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'Não há mais fé na Ucrânia', comenta Lavrov possíveis negociações com Kiev, em entrevista à Sputnik

© Sputnik / Aleksei FilippovMinistro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, dá uma grande entrevista à agência Sputnik e às rádios russas Komsomolskaya Pravda e Govorit Moskva, em 19 de abril de 2024
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, dá uma grande entrevista à agência Sputnik e às rádios russas Komsomolskaya Pravda e Govorit Moskva, em 19 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 19.04.2024
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Nesta sexta-feira (19), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, deu uma grande entrevista à agência Sputnik e às rádios russas Komsomolskaya Pravda e Govorit Moskva sobre a atual agenda internacional.
Insistência do Ocidente no tema de infligir uma derrota à Rússia reflete agonia e histeria, diz Lavrov.
"Agitar esse tema de derrotar a Rússia, sublinhando o significado existencial dessa derrota para o futuro do Ocidente, isso reflete não tanto uma postura beligerante, quanto agonia e histeria", disse Lavrov durante a entrevista.
O Ocidente continua aumentando irracionalmente as sanções sem pensar nos resultados, disse o chanceler da Rússia.

"Eles estão intensificando essas sanções de forma absolutamente imprudente, sem sequer pensar em qual será o resultado, e o resultado já era óbvio desde os primeiros dias, mesmo antes da operação militar especial [...] Nós nos reunimos e decidimos não depender delas em todas as áreas nas quais elas podem limitar nosso desenvolvimento e, de preferência, em todas as outras áreas também."

"Além do medo de perderem a hegemonia, eles também estão sendo muito francos, talvez sem nem mesmo perceberem que estão sendo francos dessa forma, deixando claro que os Estados Unidos estão no comando, e que todos eles estão subordinados aos Estados Unidos", continuou ele.
Moscou prefere sempre negociações a guerras e brigas, disse Sergei Lavrov, em comentários ao tópico sobre possíveis negociações para a resolução do conflito na Ucrânia.
O chefe do MRE russo afirmou que as garantias de segurança à Ucrânia em Istambul não cobriam a Crimeia e Donbass e eram muito sérias. Falando sobre negociações com ucranianos, Lavrov afirmou que Moscou não tem mais fé neles e que a Rússia não vai fazer mais pausa nas ações militares, caso as negociações comecem.
"Mas, diferentemente da história de Istambul, nós não vamos fazer pausa nenhuma nas ações militares durante as negociações. O processo deve continuar", disse Lavrov.
Lavrov afirmou que a Rússia tem total confiança na necessidade de continuar a operação militar especial na Ucrânia: "Estamos lidando com a Ucrânia exatamente porque há uma ameaça para nós".
A "fórmula de paz" de Zelensky deve ser colocada de lado para começar a discutir os fundamentos de uma solução com que a Rússia possa concordar. Ao mesmo tempo, a Suíça não se encaixa à Rússia como lugar para ter negociações de paz sobre a Ucrânia, aponta Lavrov.
A Rússia não se assustará com o discurso de derrota estratégica que se ouve no Ocidente, pelo contrário, essa retórica fortaleceu o país, disse o ministro.
"Se formos colocados em uma situação em que devemos ser simplesmente derrotados estrategicamente, destruídos essencialmente como um ator global, eles não conseguem entender que não ficaremos assustados", disse Lavrov.
Ele observou que, ao contrário da Rússia, os países que fazem ameaças à Rússia ficariam assustados se ameaças semelhantes "com a mesma fúria e a mesma ferocidade" fossem feitas em sua direção.
Rússia não tem motivo nenhum para atacar a OTAN, afirmou Lavrov. Os políticos ocidentais contam sobre os planos da Rússia de "atacar a OTAN" na esperança de assustar os eleitores e continuar seu curso político.
Lavrov comenta o medo dos países europeus do que a Rússia vai atacar a Europa: "Isso é um plano esperto, [pois] é preciso obter dos parlamentos o dinheiro para continuar a guerra na Ucrânia."
Quanto às tensões no Oriente Médio, Moscou informou a Tel Aviv através de canais diplomáticos que o Irã não quer uma escalada, afirmou o chanceler russo. Sergei Lavrov ressaltou ainda que Teerã não possui armas nucleares e que a AIEA confirmou isso. O chefe do MRE russo apontou que os discursos sobre o desejo do Irã de obter armas atômicas servem para desviar a atenção do que está acontecendo na Faixa de Gaza.
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