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Chefe da OTAN admite que atraso na ajuda dos EUA à Ucrânia gerou consequências ao país

© AP Photo / Matthias SchraderJens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, discursa na sessão de abertura da Conferência de Segurança de Munique no Hotel Bayerischer Hof em Munique, Alemanha, 16 de fevereiro de 2024
Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, discursa na sessão de abertura da Conferência de Segurança de Munique no Hotel Bayerischer Hof em Munique, Alemanha, 16 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 21.04.2024
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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, afirmou que o novo pacote de ajuda à Ucrânia não chegou tarde demais, mas admitiu que o atraso teve consequências. O pacote, enviado ao Congresso dos Estados Unidos no fim do ano passado, só foi aprovado na Câmara dos Representantes no último sábado (20).
"Não é tarde demais, mas, claro, o atraso teve consequências reais. Os ucranianos estão há meses sendo superados em poder de fogo por cerca de um para cinco, um para dez, dependendo da parte da linha de frente de que se fala", disse à emissora norte-americana MSNBC.
Stoltenberg enfatizou que a Rússia tinha muito mais munição, enquanto os ucranianos foram forçados a racionar. O chefe da OTAN acrescentou ainda que o Exército ucraniano vinha lutando para abater mísseis e drones porque não tinha materiais suficientes para os sistemas de defesa aérea.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei de US$ 61 bilhões (R$ 317 bilhões), por 311 votos a favor e 112 contra, para auxílio financeiro para a Ucrânia. O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, disse que espera que a Casa vote o projeto o mais rápido possível, antes de ser enviado para a mesa do presidente.
O pacote de ajuda destina US$ 23,3 bilhões (R$ 121,2 bilhões) para reposição de artigos e serviços de defesa para a Ucrânia, US$ 13,8 bilhões (R$ 71,8 bilhões) para compra de sistemas avançados de armas e US$ 11,3 bilhões (R$ 58,8 bilhões) para operações militares norte-americanas na região.
Militares russos do destacamento voluntário de forças especiais VEGA participam de um treinamento de combate, no decorrer da operação militar russa na Ucrânia, na República Popular de Luhansk, Rússia, 22 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 21.04.2024
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'Vai matar ainda mais os ucranianos'

Após a aprovação do projeto, o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, declarou que a medida vai matar ainda mais os ucranianos, apesar de já ser esperada pelo governo russo. "Isso enriquecerá ainda mais os Estados Unidos da América e arruinará ainda mais a Ucrânia, matando ainda mais ucranianos por causa do regime de Kiev", acrescentou.
Já a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, enfatizou que a ajuda militar dos Estados Unidos a Ucrânia, Israel e Taiwan vai agravar ainda mais as crises globais. Além disso, Zakharova destacou que o financiamento do governo de Vladimir Zelensky é um patrocínio direto de atividades terroristas.
Os Estados Unidos e seus aliados da OTAN, de acordo com o chanceler russo, Sergei Lavrov, participam diretamente do conflito na Ucrânia, tanto com o fornecimento de armas quanto com treinamento de pessoal no Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.
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