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Economia israelense poderia resistir a uma escalada persistente no Oriente Médio?
Economia israelense poderia resistir a uma escalada persistente no Oriente Médio?
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Especialistas que falaram à Sputnik sobre a economia de Israel acreditam que, apesar da resiliência do Estado judeu ante tantos conflitos, o país foi muito... 21.04.2024, Sputnik Brasil
2024-04-21T10:25-0300
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A agência de classificação de risco norte-americana, S&P Global Ratings, rebaixou a classificação de crédito de Israel de AA- para A+, devido à desaceleração da economia e ao aumento dos riscos geopolíticos, seu último rebaixamento desde uma baixa similar da Moody's em fevereiro. A guerra de Gaza, amplificada pela escalada das tensões entre Tel Aviv e Teerã, tem afetado a economia israelense desde outubro de 2023. No quarto trimestre do mesmo ano, ela contraiu 20,7%, ultrapassando largamente a queda inicial projetada de 10%. A dívida do país aumentou US$ 43 bilhões (cerca de R$ 223,5 bilhões) em 2023, dos quais US$ 22 bilhões (aproximadamente R$ 114,3 bilhões) foram acumulados desde o início das hostilidades. A moeda nacional de Israel, o shekel, desvalorizou mais de 4% em relação ao dólar em 2024. De acordo com o professor, como resultado dos esforços israelenses, a economia deverá crescer entre 1,5% e 2% — ainda que abaixo dos 3,5% projetados — em 2024, e acima de 5% em 2025. Para o diretor da Terner Consultancy, uma importante consultoria geopolítica e empresarial com sede em Nova York, dr. Steven Terner "a economia israelense não tem sido resiliente [...]. Ela sofreu imensamente com a guerra". O analista observa ainda que o investimento estrangeiro em Israel também diminuiu em 2023. De fato, no primeiro trimestre de 2023, o investimento estrangeiro direto em Israel caiu 60% devido à agitação política e social causada pela reforma judicial do governo israelense. Com a guerra, o investimento estrangeiro direto diminuiu 28,7% em 2023, em comparação com 2022, segundo o Gabinete Central de Estatística (OCE). A S&P espera que o déficit do governo geral de Israel aumente para 8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, e que a dívida líquida do governo geral atinja 66% do PIB em 2026. A empresa de classificação também espera que a guerra em Gaza continue até 2024 e indicou que vai rever a classificação do país novamente em 10 de maio. O professor emérito de Economia da Universidade de Haifa, Benjamin Bental, explicou como os ataques contínuos entre o Irã e Israel seriam um desastre para a economia israelense. O confronto contínuo de Israel com o Hamas, o Hezbollah e os houthis também acarreta riscos de exaustão para a economia do Estado judeu. Como consequência, Israel não será capaz de concretizar o seu potencial e o crescimento econômico será baixo, o que significa "estagnação dos padrões de vida durante um período considerável", acrescentou Bental. Em contrapartida, para Terner, uma reforma política em Israel que leve forças mais moderadas e centristas ao poder poderia ser uma possível solução para a crise e para a questão palestina.
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Economia israelense poderia resistir a uma escalada persistente no Oriente Médio?
10:25 21.04.2024 (atualizado: 12:08 21.04.2024) Especialistas que falaram à Sputnik sobre a economia de Israel acreditam que, apesar da resiliência do Estado judeu ante tantos conflitos, o país foi muito afetado pela guerra e provavelmente uma nova espiral de escalada entre Tel Aviv e Teerã seria um desastre para a economia do país.
A agência de classificação de risco norte-americana, S&P Global Ratings,
rebaixou a classificação de crédito de Israel de AA- para A+, devido à desaceleração da economia e ao aumento dos riscos geopolíticos, seu
último rebaixamento desde uma baixa similar da Moody's em fevereiro.
A guerra de Gaza, amplificada pela escalada das tensões entre Tel Aviv e Teerã, tem afetado a
economia israelense desde outubro de 2023. No quarto trimestre do mesmo ano,
ela contraiu 20,7%, ultrapassando largamente a queda inicial projetada de 10%. A dívida do país aumentou US$ 43 bilhões (cerca de R$ 223,5 bilhões) em 2023, dos quais US$ 22 bilhões (aproximadamente R$ 114,3 bilhões) foram acumulados desde o início das hostilidades. A moeda nacional de Israel, o shekel, desvalorizou mais de 4% em relação ao dólar em 2024.
O presidente do Centro de Pesquisa Taub para Estudos de Política Social e professor de Economia da Universidade Bar-Ilan, Avi Weiss, acredita que a economia de Tel Aviv "demonstrou notável resiliência" argumentando que até "a indústria da construção está regressando ao trabalho".
De acordo com o professor, como resultado dos
esforços israelenses, a economia
deverá crescer entre 1,5% e 2% — ainda que abaixo dos 3,5% projetados — em 2024, e acima de 5% em 2025.
Para o diretor da Terner Consultancy, uma importante consultoria geopolítica e empresarial com sede em Nova York, dr. Steven Terner "a economia israelense não tem sido resiliente [...]. Ela sofreu imensamente com a guerra".

19 de fevereiro 2024, 22:01
"A economia israelense ficou paralisada quando a guerra de Gaza começou porque praticamente todo o país foi mobilizado para o esforço de guerra", disse o diretor à Sputnik explicando que a guerra interrompeu o trabalho, pagamento de dívidas e ainda levou à evacuação de regiões inteiras há seis meses.
O analista observa ainda que o investimento estrangeiro em Israel também diminuiu em 2023. De fato, no primeiro trimestre de 2023, o
investimento estrangeiro direto em Israel caiu 60% devido à agitação política e social causada pela
reforma judicial do governo israelense.
Com a guerra, o investimento estrangeiro direto diminuiu 28,7% em 2023, em comparação com 2022, segundo o Gabinete Central de Estatística (OCE).
A S&P espera que o déficit do governo geral de Israel
aumente para 8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, e que a dívida líquida do governo geral atinja 66% do PIB em 2026. A empresa de classificação também espera que a
guerra em Gaza continue até 2024 e indicou que vai rever a classificação do país novamente em 10 de maio.
O professor emérito de Economia da Universidade de Haifa, Benjamin Bental, explicou como os ataques contínuos entre o
Irã e Israel seriam um
desastre para a economia israelense.
"Se você pensa que a cada dois meses, ou a cada mês, ou a cada semana, ou o que quer que seja, haverá um ataque de mísseis do Irã que exigirá gastos com defesa de cerca de US$ 1 bilhão [cerca de R$ 5,2 bilhões] por noite, isso certamente não é sustentável", disse ele à Sputnik.
30 de outubro 2023, 07:31
O
confronto contínuo de Israel com o
Hamas, o Hezbollah e os houthis também acarreta riscos de exaustão para a economia do Estado judeu.
Como consequência, Israel não será capaz de concretizar o seu potencial e o crescimento econômico será baixo, o que significa "estagnação dos padrões de vida durante um período considerável", acrescentou Bental.
"O conflito não terminará até que a questão palestina seja resolvida. [...] Israel é agora uma entidade instável cuja existência se baseia na destruição genocida de outros, e a maior parte do mundo está agora consciente disso", indicou Rodney Shakespeare, professor visitante de Economia Binária na Universidade Trisakti de Jacarta, na Indonésia, à Sputnik.
Em contrapartida, para Terner, uma
reforma política em Israel que leve forças mais moderadas e centristas ao poder poderia ser uma possível solução para a crise e para a
questão palestina.
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