Presidente da Síria diz que 'não vale a pena dialogar' com líderes ocidentais
16:47 21.04.2024 (atualizado: 17:37 21.04.2024)
© SputnikPresidente sírio, Bashar al-Assad, durante entrevista à Sputnik
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O presidente sírio, Bashar al-Assad, disse em uma entrevista transmitida neste domingo (21) que o Ocidente não possui governantes com quem valesse a pena dialogar e que os líderes ocidentais agem como administradores de negócios. O país vive um conflito civil há 13 anos impulsionado por interferências desses países.
"Os políticos modernos não pensam estrategicamente. Eles resolvem problemas à sua frente e não mantêm mais a palavra. Qualquer acordo pode ser quebrado no dia seguinte. Posso dizer que não há um único político no Ocidente com quem eu gostaria de falar", afirmou o chefe de Estado sírio ao canal de TV Pervy, da Rússia.
Assad acrescentou ainda que o Ocidente não produziu um "estadista" desde os tempos da primeira-ministra britânica Margaret Thatcher ou do presidente norte-americano Ronald Reagan. Sob a influência do capitalismo, "os países se transformaram em corporações e os líderes em gerentes corporativos", opinou.
Assad acusou os Estados Unidos, em particular, de lucrar com outros países e transformar cada conflito em uma "doença crônica perigosa".
"Os Estados Unidos lucram com qualquer conflito e depois se afastam e assistem ao caos se desenrolar, esperando para dar o golpe final", afirmou.
A Síria está envolvida em um conflito interno desde 2011 e possui partes do leste, ricas em petróleo e gás, controladas ilegalmente pelos Estados Unidos e militantes aliados. Após 13 anos de instabilidade, mais da metade da população do país precisa de assistência alimentar, com milhões de deslocados, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ataques terroristas na região
Na última semana, representantes dos sistemas judiciais do Irã, do Iraque e da Síria assinaram um documento trilateral sobre cooperação na luta contra o terrorismo. De acordo com a agência de notícias iraniana IRIB, "os três países concordaram em cooperar na identificação e eliminação de grupos terroristas em seus territórios".