Envio de mísseis ATACMS prejudicará Kiev e mostra como EUA estão envolvidos no conflito, diz Kremlin
09:57 25.04.2024 (atualizado: 10:04 25.04.2024)
© AP Photo / Ministério da Defesa da Coreia do SulExercícios militares dos EUA e da Coreia do Sul usando o Sistema de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS), em 4 de outubro de 2022
© AP Photo / Ministério da Defesa da Coreia do Sul
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Na quarta-feira (24), uma fonte do Pentágono confirmou à Sputnik que a gestão Biden secretamente enviou mísseis de longo alcance para Ucrânia. Como já verbalizado em outros momentos, o Kremlin disse hoje (25) que Kiev será a maior perdedora com essa ação.
Um maior envolvimento dos Estados Unidos no conflito não terá qualquer impacto nos resultados da operação militar russa na Ucrânia, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta quinta-feira (25).
"Os EUA estão diretamente envolvidos neste conflito. Eles estão seguindo o caminho de aumentar o alcance operacional dos sistemas de armas que fornecem", afirmou o porta-voz.
Em uma grande mudança de diretrizes em fevereiro, o presidente Joe Biden aprovou secretamente o envio de 100 mísseis táticos de longo alcance (ATACMS), bem como mais variantes de munições cluster para Kiev.
Os ATACMS que seguiram para Ucrânia agora são os com alcance de até 300 quilômetros, modelo que havia sido descartado para envio pelos norte-americanos até pouco tempo. ATACMS de médio alcance foram fornecidos em setembro passado.
"Isso não mudará fundamentalmente o resultado da operação militar especial. Alcançaremos nosso objetivo. Isso apenas causará mais problemas para a própria Ucrânia", acrescentou Peskov.
Yan Gagin, conselheiro do chefe da República Popular de Donetsk (RPD), também disse que o fornecimento dos mísseis de longo alcance não mudará a situação, visto que as "forças aéreas russas já têm experiência na destruição de quase todos os mísseis da OTAN", afirmou Gagin na quarta-feira (24).