Recusa de Kiev em seguir negociações com Moscou foi efeito de 'pressão do Reino Unido', diz Kremlin
07:53 27.04.2024 (atualizado: 08:36 27.04.2024)
© Sputnik / Aleksei KudenkoUma das torres do Kremlin de Moscou, Rússia (foto de arquivo)
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A recusa de Kiev em continuar as negociações em Istambul foi causada pela pressão de Londres, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, neste sábado (27).
A última rodada de negociações feita entre Rússia e Ucrânia em Istambul aconteceu no final de março de 2022. As trativas chegaram ao fim sem acordos firmados, mas com novas informações sobre as exigências de ambos os lados para encaminharem as conversas adiante.
"É sabido que o documento foi rubricado de fato. Todos também estão bem cientes do que exatamente fez com que os ucranianos se recusassem a continuar e finalizar o trabalho sobre o documento, segundo representantes do lado ucraniano que participaram nos diálogos. Foi devido à pressão direta de Londres", afirmou Peskov a repórteres quando questionado se é verdade que Moscou apresentou novas exigências a Kiev após a cúpula em Istambul em 2022, que a Ucrânia recusou.
O porta-voz presidencial acrescentou que "não há pré-requisitos para negociações com Kiev no momento, inclusive devido à posição da Ucrânia contra quaisquer negociações, portanto, a operação militar especial russa continua", acrescentou Peskov.
Desde 2022, outras cúpulas para "paz na Ucrânia" foram realizadas, contudo, todas elas sem a presença da Rússia, que não foi convidada. A medida não faz sentido, visto que reais acordos só podem ser atingidos com ambas as partes do conflito na mesma mesa.
Agora em junho, nos dias 15 e 16, acontecerá uma outra cúpula na Suíça com o mesmo intuito. Moscou foi convidada, no entanto, devido às recentes ações de Berna – que afastaram o país do seu tradicional status de neutralidade, implementando várias rodadas de sanções da União Europeia contra a Rússia – a Rússia não aceitou participar do encontro.
"Nessas circunstâncias, a Suíça não pode ser um anfitrião neutro por definição, muito menos um mediador", disse no início deste mês a representante oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova, conforme noticiado.