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Irã acusa ONU de 'padrão duplo' diante de protestos pró-Palestina em universidades dos EUA (VÍDEOS)

© AP Photo / Mike StewartOficiais da Patrulha do Estado da Geórgia detêm manifestante no campus da Emory University durante uma manifestação pró-Palestina. Atlanta, 25 de abril de 2024
Oficiais da Patrulha do Estado da Geórgia detêm manifestante no campus da Emory University durante uma manifestação pró-Palestina. Atlanta, 25 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 30.04.2024
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Autoridade iraniana diz que a organização acusa o Irã de promover violações aos direitos humanos, mas ignora a violenta repressão dos EUA contra universitários em atos pró-Palestina. Pelo menos 900 pessoas foram presas desde meados de abril, quando eclodiram os protestos.
O secretário do Conselho Superior para os Direitos Humanos do Irã, Kazem Gharibabadi, acusou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH, na sigla em inglês) de ter um "padrão duplo" em suas considerações. A informação foi veiculada pela agência iraniana Tasnim.
Segundo Gharibabadi, o ACNUDH acusa o Irã de promover violações aos direitos humanos, mas ignora a violenta repressão contra estudantes que realizam protestos pró-Palestina em universidades dos Estados Unidos.

"O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos não tomou conhecimento do que está acontecendo nos EUA, mas ao mesmo tempo emitiu três declarações acusando o Irã de violações dos direitos humanos, o que é prova de contradições e padrões duplos no organismo da ONU [Organização das Nações Unidas]", disse Gharibabadi.

Operações policiais em universidades nos estados de Illinois, Califórnia, Nova York e Texas resultaram na prisão de estudantes e professores que protestavam contra a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. Os agentes desmantelaram acampamentos erguidos em campi universitários e usaram spray de pimenta contra os manifestantes. Pelo menos 900 manifestantes foram presos desde o início das manifestações, em meados de abril.
Um soldado do Exército israelense gesticula atrás de um tanque de batalha principal em movimento enquanto as forças se reúnem em uma posição perto da fronteira com a Faixa de Gaza, no sul de Israel, em 30 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 30.04.2024
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As imagens dos agentes expulsando os manifestantes dos acampamentos circularam o mundo e os protestos universitários foram comparados ao movimento que eclodiu nos Estados Unidos na década de 1960 contra a Guerra do Vietnã.
Os protestos iniciaram de forma pacífica, mas a repressão violenta da polícia desencadeou confrontos entre os agentes e manifestantes.
Nesta terça-feira (30), questionado sobre os protestos universitários nos EUA, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou em coletiva que é "essencial" garantir "a liberdade de expressão e a liberdade de manifestação pacífica".

"Ao mesmo tempo, é obvio que o discurso de ódio é inaceitável. Acredito que cabem às autoridades universitárias terem sabedoria para gerir adequadamente situações como as que temos testemunhado", disse Guterres.

Em paralelo, Guterres pediu uma investigação internacional a respeito das valas comuns recém-encontradas na Faixa de Gaza.
"Estou profundamente alarmado com relatos de que valas comuns foram descobertas em vários locais de Gaza, incluindo o Complexo Médico Al-Shifa e o Complexo Médico Nasser. Só em Nasser, mais de 390 corpos teriam sido exumados", afirmou Guterres.
Pelo menos 34.535 palestinos foram mortos e 77.704 foram feridos em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro. Na terça-feira (29), o serviço de Defesa Civil da Palestina disse que mais de 10 mil pessoas ainda estão desaparecidas sob os escombros na Faixa de Gaza, segundo a agência Anadolu.
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