Polícia entra na Universidade de Columbia e remove manifestantes pró-Palestina (VÍDEO)
00:18 01.05.2024 (atualizado: 06:17 01.05.2024)
© Foto / Twitter / @ColumbiaBDSPolícia de Nova York antes de entrar em um prédio da Universidade Columbia
© Foto / Twitter / @ColumbiaBDS
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A Polícia de Nova York entrou à força no edifício Hamilton Hall, da Universidade de Columbia, onde estavam dezenas de estudantes e ativistas a favor da Palestina face às ameaças das autoridades da instituição de suspender aqueles que não cumprem as regras.
Segundo as primeiras imagens divulgadas nas redes sociais, os agentes entraram pela janela do edifício e já ocorreram os primeiros confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes.
"O Grupo de Recursos Estratégicos da NYPD usa uma escada para entrar pela janela do Hind’s Hall. Uma grande multidão de estudantes da Universidade de Columbia está presente para proteger seus colegas", relatou o coletivo Columbia Students for Justice in Palestine, na noite da terça-feira (30).
O coletivo alertou, ainda, que ao invadir o prédio da faculdade, os policiais expulsaram os profissionais da imprensa.
SWAT AND SRG HAVE INVADED COLUMBIA’S CAMPUS AND ARE ENTERING HIND’S HALL. THEY HAVE FORCED OUT ALL PRESS TO PREVENT RECORDINGS OF THEIR BRUTALITY. pic.twitter.com/LJJ5nKrUWe
— National Students for Justice in Palestine (@NationalSJP) May 1, 2024
Segundo o jornal estudantil Columbia Spectator, a polícia realizou diversas prisões.
O edifício Hamilton Hall estava ocupado desde a madrugada do dia 30 de abril por ativistas estudantis que se opunham a qualquer medida ditada pela direção da Universidade de Columbia, cujo diretor havia dado um ultimato aos manifestantes: quem não obedecer às regras, será suspenso.
Videos of police brutality and arrests at @Columbia University. You can see cops callously throwing items down the stairs. Is this not property damage? Is this not a “clear and present danger” to safety? “Safety” does not apply to POC, Jewish, Palestinian students at Columbia. pic.twitter.com/oCePDpi7jO
— Columbia Students for Justice in Palestine (@ColumbiaSJP) May 1, 2024
Membros do coletivo Columbia Students for Justice in Palestine acusaram, em publicação nas redes sociais, que o conceito de "segurança" só se aplica a alguns, seletivamente, e não a "palestinos, judeus ou estudantes de cor". Além disso, definiram o que está acontecendo como "brutalidade policial".
Os ativistas pedem que a sua universidade pare de investir em fundos para os israelenses e corte qualquer relação com o país hebreu, em protesto contra os ataques de Tel Aviv contra a Faixa de Gaza, onde mais de 34 mil pessoas morreram devido à guerra.
O que diz a universidade?
Diretores da universidade admitiram que a polícia entrou "a pedido" da própria instituição de ensino.
"Esta decisão foi tomada para restaurar a segurança e a ordem na nossa comunidade. Lamentamos que os manifestantes tenham optado por agravar a situação com as suas ações", diz o comunicado da Universidade de Columbia.
Segundo as autoridades educativas, o grupo de pessoas que ocupou o edifício Hamilton Hall é liderado "por indivíduos não afiliados à universidade".