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Lula pede que empresários japoneses invistam no Brasil e aceita convite para visitar o Japão em 2025

© Divulgação / Ricardo StuckertPrimeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro nesta sexta-feira, 3 de maio de 2024
Primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro nesta sexta-feira, 3 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 03.05.2024
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Nesta sexta-feira (3), foram assinados 36 acordos entre companhias brasileiras e japonesas durante uma cerimônia em Brasília (DF). Na oportunidade, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um apelo para que empresários nipônicos ampliem seus investimentos em território nacional e anunciou que visitará o parceiro comercial em 2025.
Lula ressaltou que várias discussões no âmbito do G20, que será sediado neste ano no Brasil, foram tratadas durante o encontro que teve com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, tais como a transição energética.

"Agora o mundo está atônito discutindo a questão do clima. O mundo está se dando conta de que ou a gente cuida do planeta ou ele não cuida mais de nós. As pessoas estão percebendo que a discussão sobre o aquecimento global é uma coisa mais séria do que teórica. A América do Sul se apresenta como um lugar de ouro para o investimento, a discussão de transição energética e a transição climática, e para produzir energia limpa que se queira produzir."

Kishida destacou que considera os dois países parceiros estratégicos em temas globais e informou que Tóquio apoiará as prioridades do Brasil, que preside o grupo este ano.
Ele também citou que há uma contribuição japonesa para o Fundo Amazônia e uma parceria em prol da neutralidade do carbono, que envolve biocombustível brasileiro e tecnologia japonesa.
Lula afirmou que o fluxo comercial entre Brasil e Japão caiu, aproximadamente, de US$ 18 bilhões (cerca de R$ 91 bilhões) para US$ 11 bilhões (R$ 55 bilhões) ao ano, cifra que considera abaixo do potencial.
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Ainda, o presidente brasileiro ressaltou que o país é o local com mais imigrantes japoneses em todo o mundo, o que aumenta a importância do governo japonês de visitar o Brasil e ampliar os laços econômicos e diplomáticos.
Na declaração, Lula também fez o apelo por mais investimentos de empresários japoneses no país, afirmando que eles não podem perder o mercado brasileiro e apontando que o Brasil possui estabilidade jurídica, fiscal, econômica e fiscal, além de ter previsibilidade.
Lula convidou o primeiro-ministro nipônico para conhecer a cultura de São Paulo, cidade com a maior comunidade japonesa fora do Japão, e destacou que, recentemente, o país asiático passou a liberar vistos para brasileiros.

"Eu não sei o que vocês jantaram ontem, mas pelo amor de Deus, se estiverem em São Paulo, [Geraldo] Alckmin, você que foi governador do estado, você é o ministro de Desenvolvimento, [Indústria, Comércio e Serviços], você é o vice-presidente, leve o primeiro-ministro Fumio para comer um churrasco no melhor restaurante de São Paulo, para que na semana seguinte ele comece a importar a nossa carne", brincou Lula.

Ele acrescentou que a carne brasileira é de qualidade e "mais barata" do que a comprada pelos japoneses. Segundo o Palácio do Planalto, o Japão importa 70% da carne bovina que consome e, desse total, 80% é fornecido pelos Estados Unidos e pela Austrália.
Por fim, Lula aproveitou para destacar que 235 municípios do Rio Grande do Sul foram afetados pelas chuvas nos últimos dias, que resultaram em 35 mortes, e que o governo federal tem prestado assistência às vítimas e ao estado gaúcho.

"As primeiras palavras do ministro Fumio Kishida, da reunião que fizemos, foi de solidariedade ao povo do estado do Rio Grande do Sul que está sendo vítima de uma das maiores enchentes de que temos conhecimento. Nunca antes na história do Brasil tinha havido uma quantidade de chuva num único local."

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