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Se Ocidente cortar fornecimento de armas, Kiev 'terá que se render', diz Borrell (VÍDEO)

© AP Photo / Jean-François BadiasJosep Borrell, chefe das Relações Exteriores da UE, fala durante debate sobre o ataque do Irã contra Israel em Estrasburgo, França, 24 de abril de 2024
Josep Borrell, chefe das Relações Exteriores da UE, fala durante debate sobre o ataque do Irã contra Israel em Estrasburgo, França, 24 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 04.05.2024
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O chefe das Relações Exteriores da União Europeia, Josep Borrell, reconheceu a dependência ucraniana dos suprimentos ocidentais e lamentou o que disse ser uma falta de unidade nos países ocidentais sobre o assunto.
O atraso de seis meses na ajuda dos EUA à Ucrânia pode causar a derrota de Kiev, disse na sexta-feira (3) o chefe das Relações Exteriores da UE.
"Nos EUA, a polarização política atrasou o pacote de ajuda militar por meio ano em meio à guerra. Meio ano é muito tempo, pode fazer a diferença entre ganhar ou perder a guerra", disse Josep Borrell durante uma palestra na Universidade de Oxford, Inglaterra, Reino Unido.
Se o Ocidente parasse de fornecer armas à Ucrânia, continuou Borrell, a derrota aconteceria "em algumas semanas".
"Se eu cortar o fornecimento de armas para a Ucrânia, a Ucrânia não conseguirá resistir, terá que se render", disse ele.
Borrell também lamentou que entre os países da UE não haja a unidade desejada na política em relação à Rússia, destacando que alguns membros do bloco consideram a Rússia um "bom amigo". Para o diplomata, devido à necessidade de unanimidade na tomada de decisões da UE, a política de Bruxelas em relação a Moscou está sempre sob a ameaça de veto, já que um voto contra é suficiente para bloquear qualquer decisão.
Josep Borrell também está convencido de que a Rússia "representa uma ameaça existencial à Europa".
Os países ocidentais têm apoiado Kiev com suprimentos de armas, doações, ajuda humanitária e sanções contra Moscou.
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, alertou em várias ocasiões que os países ocidentais que apoiam a Ucrânia estão se tornando parte do conflito, e que qualquer envio de armas a Kiev se tornará um alvo legítimo para as Forças Armadas russas.
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