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Biden erra, atribui registro de inflação recorde a Trump e refuta pesquisas sobre pessimismo nos EUA

© AP Photo / Manuel Balce CenetaJoe Biden, presidente dos EUA, discursa em ato de campanha presidencial em Atlanta, em 9 de março de 2024
Joe Biden, presidente dos EUA, discursa em ato de campanha presidencial em Atlanta, em 9 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 08.05.2024
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em uma rara entrevista na televisão norte-americana, tentou colocar a responsabilidade pela alta inflação registrada no país em seu antecessor, mas confundiu dados de estatísticas macroeconômicas.
"Ela estava em 9% quando eu assumi o cargo. Nove por cento", disse em uma entrevista à CNN. Porém, conforme a própria emissora, em janeiro de 2021, quando o democrata tomou posse, a inflação nos Estados Unidos estava em 1,4%, e só atingiu o recorde de 9,1% em junho de 2022. Em março deste ano, após uma série de aumentos nas taxas de juros, o índice acumulado caiu para 3,5%.
Joe Biden, que tenta a reeleição em novembro, questionou também as pesquisas que, segundo o entrevistador, apontaram que os eleitores tendem a confiar mais no ex-presidente e provável candidato do Partido Republicano, Donald Trump, do que nele em relação à economia.

"As pesquisas estão sempre erradas", disse Biden, ao questionar ainda a eficácia das entrevistas realizadas no país por telefone.

"A ideia de que estamos em uma situação em que as coisas estão tão ruins [é falsa]. Criamos mais empregos. Estamos em uma situação em que as pessoas têm acesso a empregos bem-remunerados", acrescentou o presidente, quando questionado sobre os dados do crescimento do PIB, que ficaram significativamente abaixo do esperado, e o sentimento do consumidor, com a economia que caiu para o mínimo de dois anos.
Conforme Biden, os EUA têm a economia mais forte do mundo e nenhum presidente tem um histórico comparável ao dele em termos de criação de empregos e redução da inflação, acrescentou.
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EUA registram dívida histórica

A dívida norte-americana é de aproximadamente US$ 34,56 trilhões (R$ 175,31 trilhões), indicam dados do Departamento do Tesouro dos EUA, um recorde histórico. No fim de abril, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, previu que, em breve, a economia do país deve deixar de crescer ao ritmo atual. Além disso, a organização de financiamento internacional alertou que os EUA estão gastando mais dinheiro do que arrecadam e que esse déficit, que atingiria seus níveis mais altos em 2025, poderia colocar a economia mundial em risco.
O FMI acrescentou que os EUA apresentaram "derrapagens fiscais muito grandes", já que seu déficit governamental mais do que dobrou de 2022 a 2023. O fundo estima que a dívida pública dos EUA ultrapassará 123% do PIB em 2024 e continuará se agravando até 2029.
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