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Musk demonstra interesse na extrema direita da Europa enquanto eleitores estão reticentes, diz mídia
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Sputnik Brasil
Elon Musk não escondeu o seu interesse no Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema direita alemão, embora cada vez menos eleitores apresentem... 08.05.2024, Sputnik Brasil
2024-05-08T11:37-0300
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O cofundador da Tesla, Elon Musk, criticou um grupo extremista muçulmano que realizou uma manifestação em Hamburgo no dia 27 de abril em sua plataforma X (anteriormente Twitter). Após o episódio, a colíder da AfD, Alice Weidel, convidou Musk para seu escritório depois do episódio, respondendo ao empresário que "este evento é apenas um entre muitos acontecimentos perturbadores na Alemanha. Por favor, sinta-se convidado ao meu escritório no Bundestag [parlamento] alemão o mais rápido possível para discutir mais detalhes", escreveu Weidel. De acordo com a Bloomberg, o timming desta troca de mensagens é estranho, dado que na semana passada um antigo legislador da AfD estava entre os implicados no julgamento de um grupo extremista de direita que foi acusado de conspirar para derrubar o governo pela força — apenas uma das inúmeras controversas que têm atingido o partido e prejudicado sua popularidade. Ainda segundo a apuração, os grupos de extrema direita esperavam poder formar uma minoria de bloqueio após as eleições europeias do próximo mês, a fim de diluir regulamentações climáticas ambiciosas e propor medidas mais duras em matéria de imigração. Mas as pesquisas sugerem que alguns deles estão lutando para manter o ímpeto nas últimas semanas antes da votação. A aliança pan-europeia Identidade e Democracia (ID) , que inclui a AfD, bem como Marine Le Pen da França e Geert Wilders dos Países Baixos entre os seus membros, deverá obter 11,2% dos votos, de acordo com uma média das pesquisas compilada pelo Europe Elects. Isso daria ao bloco eurocéptico ID 84 assentos na assembleia, menos do que em dezembro, quando parecia estar a caminho de ganhar 93. Ainda assim, isso é um aumento em relação aos 59 assentos que o grupo conquistou na última votação da União Europeia (UE) em 2019. Historicamente a UE tem a maior parte de seus assentos destinados a grupos políticos de centro, quer de direita (como o Partido Popular Europeu), de esquerda (como a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas) ou liberal (como o Renew), o que garante aos partidos uma maioria absoluta na Câmara, lhes permitindo bloquear propostas da extrema direita vindas destes partidos nacionalistas, relegando-os efetivamente à oposição. Mas a ascensão da direita mudou esse cálculo e a contenção está desgastada. No caso da AfD alemã, depois de alimentar a insatisfação com a coligação governante liderada pelos social-democratas, a AfD passou 2023 subindo de forma constante nas pesquisas de intenção de voto. O seu declínio, no entanto, começou logo depois de uma reportagem da ter revelado que membros do partido — entre eles um dos assistentes de Weidel — participaram de uma reunião em que foram discutidos planos para a deportação em massa de requerentes de asilo, estrangeiros com direito de residir na Alemanha e cidadãos alemães que não o tenham sido "assimilados". Muitos alemães foram lembrados do passado nazista do seu país e saíram às ruas aos milhares para protestar. Até mesmo Le Pen procurou por vezes se distanciar da AfD, levantando a possibilidade de o seu partido Reagrupamento Nacional abandonar o grupo ID.
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Musk demonstra interesse na extrema direita da Europa enquanto eleitores estão reticentes, diz mídia
Elon Musk não escondeu o seu interesse no Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema direita alemão, embora cada vez menos eleitores apresentem entusiasmo pela sigla.
O
cofundador da Tesla, Elon Musk,
criticou um grupo extremista muçulmano que realizou uma manifestação em Hamburgo no dia 27 de abril em sua plataforma X (anteriormente Twitter).
"Certamente exigir a derrubada do governo na Alemanha é ilegal", escreveu Musk.
Após o episódio, a colíder da AfD, Alice Weidel, convidou Musk para seu escritório depois do episódio, respondendo ao empresário que "este evento é apenas um entre muitos acontecimentos perturbadores na Alemanha. Por favor, sinta-se convidado ao meu escritório no Bundestag [parlamento] alemão o mais rápido possível para discutir mais detalhes", escreveu Weidel.
De
acordo com a Bloomberg, o timming desta troca de mensagens é estranho, dado que na semana passada um antigo legislador da AfD estava entre os implicados no
julgamento de um grupo extremista de direita que foi acusado de conspirar para
derrubar o governo pela força — apenas uma das inúmeras controversas que têm atingido o partido e prejudicado sua popularidade.
Ainda segundo a apuração, os
grupos de extrema direita esperavam poder formar uma minoria de bloqueio após as
eleições europeias do próximo mês, a fim de diluir regulamentações climáticas ambiciosas e propor medidas mais duras em matéria de imigração. Mas as pesquisas sugerem que alguns deles estão lutando para manter o ímpeto nas últimas semanas antes da votação.
A aliança pan-europeia Identidade e Democracia (ID) , que inclui a AfD, bem como Marine Le Pen da França e Geert Wilders dos Países Baixos entre os seus membros,
deverá obter 11,2% dos votos, de
acordo com uma média das pesquisas compilada pelo Europe Elects. Isso daria ao bloco eurocéptico ID 84 assentos na assembleia, menos do que em dezembro, quando parecia estar a caminho de ganhar 93. Ainda assim, isso é um aumento em relação aos 59 assentos que o grupo conquistou na última votação da União Europeia (UE) em 2019.
Historicamente a UE tem a maior parte de seus assentos destinados a grupos políticos de centro, quer de direita (como o Partido Popular Europeu), de esquerda (como a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas) ou liberal (como o Renew), o que garante aos partidos uma maioria absoluta na Câmara,
lhes permitindo bloquear propostas da extrema direita vindas destes partidos nacionalistas, relegando-os efetivamente à oposição. Mas a
ascensão da direita mudou esse cálculo e a contenção está desgastada.
No caso da AfD alemã, depois de alimentar a insatisfação com a coligação governante liderada pelos social-democratas, a AfD passou 2023 subindo de forma constante nas pesquisas de intenção de voto. O seu declínio, no entanto, começou logo depois de uma reportagem da ter revelado que membros do partido — entre eles um dos assistentes de Weidel — participaram de uma reunião em que foram discutidos planos para a deportação em massa de requerentes de asilo, estrangeiros com direito de residir na Alemanha e cidadãos alemães que não o tenham sido "assimilados".
Muitos alemães foram lembrados do
passado nazista do seu país e
saíram às ruas aos milhares para protestar. Até mesmo Le Pen procurou por vezes se distanciar da AfD, levantando a possibilidade de o seu partido Reagrupamento Nacional abandonar o grupo ID.
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