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Mundo tem quase 76 milhões de 'refugiados internos', diz relatório

© AFP 2023 / Khalil MazraawiRefugiados sírios no campo de Rukban ao largo da fronteira entre Síria e Jordânia (foto de arquivo)
Refugiados sírios no campo de Rukban ao largo da fronteira entre Síria e Jordânia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 15.05.2024
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O número de deslocados internos em todo o mundo atingiu um recorde de 75,9 milhões no final de 2023, de acordo com o relatório anual do Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno (IDMC, na sigla em inglês), publicado nesta terça-feira (14).
A ONG detalhou que, nos últimos cinco anos, o número total de pessoas que vivem em situações de deslocamento interno aumentou 51%, atingindo um recorde de 75,9 milhões de pessoas em 116 países no final de 2023.
O IDMC define "pessoas deslocadas internamente" como aquelas que fugiram das suas casas devido a conflitos, violência ou catástrofes e que não cruzaram uma fronteira estatal reconhecida internacionalmente.
A violência e a escalada de conflitos – como os do Sudão e da Palestina – foram as principais causas do aumento dos deslocamentos internos, com 68,3 milhões do total de casos registrados.
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"Nos últimos dois anos, temos visto um número alarmante de pessoas forçadas a fugir das suas casas devido a conflitos e violência, mesmo em locais onde a tendência melhorava", disse Alexandra Bilak, diretora do IDMC.
Segundo o relatório, quase metade das pessoas deslocadas estão na África Subsaariana. Assim, o Sudão regista 9,1 milhões de deslocamentos internos, o número mais elevado desde que o IDMC começou a contabilizar em 2008.
A organização não só monitora o número total de pessoas deslocadas, mas também o número de vezes que foram forçadas a deslocar-se dentro das fronteiras do seu país.
Segundo o IDMC, a mesma pessoa pode ser obrigada a se mudar diversas vezes. Por exemplo, uma pessoa que foge de um conflito e vai para um campo de deslocados pode ser forçada a fugir novamente se o campo for atacado ou afetado por um terremoto, inundação ou outra catástrofe.
Nesse sentido, a Faixa de Gaza – no quadro da guerra que Israel declarou ao Hamas após o ataque de 7 de outubro de 2023 – atingiu 1,7 milhão de deslocados em 2023, mas os deslocamentos atingiram o seu valor mais elevado desde 2008, com 3,4 milhões de casos.
Só na cidade de Rafah, devido às ordens israelenses de evacuação parcial, alguns residentes já acumularam cinco ou seis deslocamentos.
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Segundo informações da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês), o número de deslocados pela operação militar israelense no sul de Gaza é de quase 110 mil casos.
"À medida que os bombardeamentos das forças israelenses em Rafah se intensificam, os deslocamentos forçados continuam. A UNRWA estima que cerca de 110 mil pessoas fugiram de Rafah em busca de segurança", publicou a organização na rede social X.
Terremotos, tempestades, inundações e incêndios florestais são a segunda principal causa de deslocamento interno, afirma o relatório.
Entretanto, dos 26,4 milhões de deslocamentos internos forçados por catástrofes, um terço dos casos ocorreu na China e na Turquia, na sequência de fenômenos meteorológicos e grandes sismos.
"Nenhum país está imune ao deslocamento por desastres, mas podemos ver uma diferença na forma como o deslocamento afeta as pessoas nos países que se preparam e planejam os seus impactos e naqueles que não o fazem", disse Bilak.
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