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Na Idade Média povos bálticos importavam cavalos da Escandinávia para sacrifícios, diz estudo
Na Idade Média povos bálticos importavam cavalos da Escandinávia para sacrifícios, diz estudo
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Aproximadamente 1.000 anos atrás, pagãos que viviam perto do mar Báltico importavam cavalos de seus vizinhos cristãos do norte e depois submetiam esses animais... 21.05.2024, Sputnik Brasil
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Cavalos eram um componente importante da cultura báltica entre os séculos I e XIII d.C., evidências revelam inúmeros artefatos equestres antigos desenterrados. Além disso, viajantes relatavam na época que os baltos da elite bebiam leite de égua fermentado. Os baltos não eram alfabetizados antes de sua conversão ao cristianismo, a maioria das informações sobre suas vidas, incluindo sua religião pagã, vêm da pesquisa arqueológica. Em um novo estudo publicado na revista Science Advances, os pesquisadores detalharam sua análise biomolecular de 80 cavalos sacrificados de nove sítios arqueológicos na região oriental do Báltico – na atual Polônia, Lituânia e na região russa de Kaliningrado situada entre elas. Cientistas determinaram que tanto machos como fêmeas eram escolhidos para sacrifício e que alguns cavalos eram importados de grandes distâncias. De acordo com o estudo, na arqueologia báltica existia a suposição que apenas os garanhões eram especificamente selecionados para o sacrifício público, e que este ritual – que muitas vezes envolvia decapitação, esfolamento, esquartejamento, ou ainda os cavalos eram enterrados vivos – era desempenhado nos funerais de guerreiros de elite na cultura báltica. Para testar isso, a equipe analisou o DNA dos cavalos e descobriu que cerca de 66% eram garanhões e 34% eram éguas. Além do mais, o estudo conduziu uma análise isotópica do estrôncio do esmalte dos dentes dos cavalos para identificar a origem dos animais e descobriu que três não nasceram localmente. Os três cavalos datam do período entre os séculos XI e XIII, uma época em que as redes de comércio através do mar Báltico, particularmente com a Suécia, estavam bem estabelecidas. O fato de um cavalo não local descoberto em Kaliningrado ter sido enterrado com um artefato de influência escandinava – um peso, possivelmente envolvido no comércio – pode sugerir que seu dono balta era um comerciante pagão, aponta a pesquisa.
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arqueologia, países bálticos, kaliningrado, escandinávia, cavalos, idade média, enterro, artefatos, sacrifícios
Na Idade Média povos bálticos importavam cavalos da Escandinávia para sacrifícios, diz estudo
10:25 21.05.2024 (atualizado: 11:53 21.05.2024) Aproximadamente 1.000 anos atrás, pagãos que viviam perto do mar Báltico importavam cavalos de seus vizinhos cristãos do norte e depois submetiam esses animais a brutais sacrifícios públicos, aponta novo estudo.
Cavalos eram um componente importante da cultura báltica entre os séculos I e XIII d.C., evidências revelam inúmeros artefatos equestres antigos desenterrados.
Além disso, viajantes relatavam na época que os baltos da elite bebiam leite de égua fermentado. Os baltos não eram alfabetizados antes de sua
conversão ao cristianismo, a maioria das informações sobre suas vidas, incluindo sua religião pagã, vêm da pesquisa arqueológica.
Em um novo estudo
publicado na revista Science Advances, os pesquisadores detalharam sua análise biomolecular de 80 cavalos sacrificados de nove
sítios arqueológicos na região oriental do Báltico – na atual Polônia, Lituânia e na região russa de Kaliningrado situada entre elas.
Cientistas determinaram que tanto machos como fêmeas eram escolhidos para sacrifício e que alguns cavalos eram importados de grandes distâncias.
De acordo com o estudo, na arqueologia báltica existia a suposição que apenas os garanhões eram especificamente selecionados para o sacrifício público, e que este ritual – que muitas vezes envolvia decapitação, esfolamento, esquartejamento, ou ainda os cavalos eram enterrados vivos – era desempenhado nos funerais de guerreiros de elite na cultura báltica. Para testar isso, a equipe analisou o DNA dos cavalos e descobriu que cerca de 66% eram garanhões e 34% eram éguas.
"Nossos resultados sugerem que os baltos não selecionavam exclusivamente cavalos machos para este ritual, como era considerado anteriormente", disse ao portal Live Science a autora principal do estudo, a zooarqueóloga Katherine French da Universidade Estadual de Washington.
Além do mais, o estudo conduziu uma análise isotópica do estrôncio do esmalte dos dentes dos cavalos para identificar a origem dos animais e descobriu que três não nasceram localmente.
Os três cavalos datam do período entre os séculos XI e XIII, uma época em que as redes de comércio através do mar Báltico, particularmente com a Suécia, estavam bem estabelecidas. O fato de um cavalo não local descoberto em Kaliningrado ter sido enterrado com um artefato de
influência escandinava – um peso, possivelmente envolvido no comércio – pode sugerir que seu dono balta era um comerciante pagão, aponta a pesquisa.
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