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Pedagogia de Paulo Freire estimulou protestos em universidades dos EUA, diz mídia americana

© AP Photo / Mary AltafferEstudantes da Universidade de Nova York e apoiadores pró-palestinos se manifestam em frente ao prédio da NYU Stern School of Business, 22 de abril de 2024, em Nova York
Estudantes da Universidade de Nova York e apoiadores pró-palestinos se manifestam em frente ao prédio da NYU Stern School of Business, 22 de abril de 2024, em Nova York - Sputnik Brasil, 1920, 21.05.2024
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Nos últimos meses, as universidades dos Estados Unidos vivem a consequência da repulsa de estudantes à campanha militar de Israel em Gaza. O jornal The Washington Times acredita que o que está acontecendo não é acidental, a partir do momento que é, em sua visão, é o resultado de "doutrinação negativa" nas universidades.
A publicação observa que, durante décadas, instituições como a Universidade de Columbia, Harvard, Yale e outras favoreceram candidatos que demonstrassem opiniões apropriadas de "justiça social" e contrataram professores que promovessem estes ideais, apontando que eles solidificaram essa mentalidade ao promover a linguagem da identidade e a narrativa do "oprimido versus o opressor".
Segundo o jornal, um papel importante neste contexto teve o educador brasileiro Paulo Freire, que enfatizou a importância do aspecto político na educação. Freire acreditava que, além de lhes transmitir informações, os alunos deveriam ser ensinados a desafiar "sistemas repressivos" e trabalhar em mudanças sociais.
O educador defendeu uma abordagem mais "participativa e democrática" encorajando os alunos a tornarem-se "agentes de mudança nas suas comunidades". Para o The Washington Times, tal encorajamento é negativo.

"Em vez de promover o pensamento crítico e a mente aberta, as suas ideias levaram a uma mentalidade tacanha e muitas vezes destrutiva em alguns estudantes. Isso tem consequências de longo alcance, como se vê na questão atual que envolve Israel e os palestinos", escreve a publicação.

De acordo com artigo, rotulou-se Israel como o "opressor" na narrativa do Oriente Médio, e parece que os estudantes não se importam que israelenses também morreram: "Isso é o que acontece quando uma ideologia simplista do tipo 'oprimido versus opressor' prevalece e justifica qualquer crueldade", analisa o texto.
Bandeiras americanas estão penduradas na frente da Bolsa de Valores de Nova York, em 11 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 18.05.2024
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Nesta terça-feira (21), o Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos 35.647 palestinos foram mortos e 79.852 feridos em ataques israelenses a Gaza. O número de mortos em Israel é de 1.200 com 253 sequestrados, alguns ainda mantidos em cativeiro.
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