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Caso Marielle: PF pede abertura de novos inquéritos contra mandantes do crime
Caso Marielle: PF pede abertura de novos inquéritos contra mandantes do crime
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A Polícia Federal (PF) pediu nesta quinta-feira (23) a abertura de inquéritos para investigar indícios de outros crimes supostamente cometidos pelos irmãos... 23.05.2024, Sputnik Brasil
2024-05-23T19:34-0300
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Embora os crimes não tenham relação com a morte de Marielle, os indícios foram descobertos durante as investigações sobre o crime, como de lavagem de dinheiro.De acordo com a PF, Chiquinho Brazão, deputado federal pelo Rio (sem partido), desviou emendas parlamentares para uma empresa pertencente à filha de um assessor, Robson Calixto Fonseca. Muitos dos indícios foram encontrados no celular apreendido do deputado, envolvendo inclusive a suspeita de grilagem de terrenos.Também foi pedida abertura de inquérito para apurar crimes contra a administração pública por Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa, e a posse ilegal de uma arma de uso restrito por um assessor de Domingos.A PF também solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito contra Chiquinho e o ex-deputado e comunicador Pedro Augusto Palareti pelos supostos desvios de emendas parlamentares.Brazão alega inocênciaEm abril, Chiquinho Brazão se defendeu dizendo ser inocente. A declaração foi dada durante uma reunião do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que julga a cassação do seu mandato. Ele teve a prisão preventiva mantida em votação na Casa — a Constituição prevê que a prisão de deputados federais em exercício de mandato deve passar pelo crivo da Câmara.Investigações da PFNo fim de março, a Polícia Federal apresentou a conclusão das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco em um relatório de quase 480 páginas. Com forte atuação na região de Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, Domingos e Chiquinho Brazão teriam encomendado a morte por conta da oposição de Marielle a um projeto de lei na Câmara do Rio que autorizava a expansão imobiliária na área controlada pela milícia, à qual os dois estariam ligados.Além dos irmãos, Rivaldo Barbosa foi acusado de ter atuado na Polícia Civil para evitar que o crime fosse esclarecido e ainda proteger a família Brazão. As investigações foram concluídas após a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, que foi o responsável por executar os assassinatos.A inteligência da polícia indicava que eles já estavam em alerta dias antes da operação, após o Supremo ter homologado a delação premiada de Lessa, preso desde 2019.Segundo Lessa, os mandantes do crime integram um grupo político poderoso no Rio de Janeiro com interesses em diversos setores do estado. Em sua delação, o assassino da vereadora deu detalhes de encontros com os supostos mandantes e ofereceu indícios sobre as motivações.
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Caso Marielle: PF pede abertura de novos inquéritos contra mandantes do crime
19:34 23.05.2024 (atualizado: 22:01 23.05.2024) A Polícia Federal (PF) pediu nesta quinta-feira (23) a abertura de inquéritos para investigar indícios de outros crimes supostamente cometidos pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e pelo ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, presos por serem suspeitos de arquitetar o assassinato da vereadora Marielle Franco.
Embora os crimes não tenham
relação com a morte de Marielle, os indícios foram descobertos durante as investigações sobre o crime, como de
lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF,
Chiquinho Brazão, deputado federal pelo Rio (sem partido),
desviou emendas parlamentares para uma empresa pertencente à filha de um assessor, Robson Calixto Fonseca. Muitos dos indícios foram encontrados no celular apreendido do deputado, envolvendo inclusive a suspeita de grilagem de terrenos.
Também foi pedida abertura de inquérito para apurar crimes contra a administração pública por Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa, e a posse ilegal de uma arma de uso restrito por um assessor de Domingos.
A PF também solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito contra Chiquinho e o ex-deputado e comunicador Pedro Augusto Palareti pelos supostos desvios de emendas parlamentares.
"Há indícios veementes da suposta destinação de verbas oriundas de emendas parlamentares, notadamente dos deputados federais Pedro Augusto e Chiquinho Brazão, para fins de obtenção de vantagens indevidas", afirma o relatório da PF enviado à Corte.
Em abril, Chiquinho Brazão se defendeu dizendo ser inocente. A declaração foi dada durante uma reunião do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que julga a cassação do seu mandato. Ele teve a prisão preventiva mantida em votação na Casa — a Constituição prevê que a prisão de deputados federais em exercício de mandato deve passar pelo crivo da Câmara.
No fim de março, a Polícia Federal apresentou a conclusão das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco em um relatório de quase 480 páginas. Com forte atuação na região de Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, Domingos e Chiquinho Brazão teriam encomendado a morte por conta da oposição de Marielle a um projeto de lei na Câmara do Rio que autorizava a expansão imobiliária na área controlada pela milícia, à qual os dois estariam ligados.
Além dos irmãos, Rivaldo Barbosa foi acusado de ter atuado na Polícia Civil para evitar que o crime fosse esclarecido e ainda proteger a família Brazão. As investigações foram concluídas após a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, que foi o responsável por executar os assassinatos.
A inteligência da polícia indicava que
eles já estavam em alerta dias antes da operação, após o Supremo ter homologado a
delação premiada de Lessa, preso desde 2019.
Segundo Lessa, os
mandantes do crime integram um grupo político poderoso no Rio de Janeiro com interesses em diversos setores do estado. Em sua delação, o assassino da vereadora deu
detalhes de encontros com os supostos mandantes e ofereceu indícios sobre as motivações.
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