Corte Internacional de Justiça da ONU ordena que Israel encerre sua operação em Rafah (VÍDEO)
Corte Internacional de Justiça da ONU ordena que Israel encerre sua operação em Rafah (VÍDEO)
Sputnik Brasil
Em uma decisão histórica anunciada pelo juiz Nawaf Salam nesta sexta-feira (24), a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou que Israel interrompa sua... 24.05.2024, Sputnik Brasil
Ao ler a decisão, Salam disse que a situação no enclave palestino se deteriorou desde a última vez que o tribunal ordenou a Israel que tomasse medidas para melhorá-la. Ao mesmo tempo, Tel Aviv deve garantir o acesso desimpedido à Faixa de Gaza para as missões que investigam as alegações de genocídio e a liberação de rotas para entrega de ajuda humanitária, acrescentou o juiz. A CIJ também pediu a libertação imediata dos reféns feitos pelo Hamas no ataque de 7 de outubro."O tribunal considera profundamente preocupante que muitos destes reféns permaneçam em cativeiro e reitera o seu apelo à sua libertação imediata e incondicional", afirmou.A ordem foi adotada por um painel de 15 juízes de todo o mundo em uma votação de 13 contra 2, com oposição apenas de juízes de Uganda e do próprio Israel. A decisão é histórica, e teve como origem a denúncia de genocídio feita pela África do Sul três meses após o começo da guerra.As decisões da CIJ podem ser executadas ou ignoradas, no entanto, a resolução contra Tel Aviv poderá prejudicar a reputação internacional do país e abrir um precedente jurídico.Reação de IsraelApós o parecer do tribunal, o ministro das Finanças israelense Bezalel Smotrich disse que aqueles que exigem que a guerra pare estão exigindo que o "país decida deixar de existir" e "Israel não concordará com isso", afirmou Smotrich, citado pela Reuters.Reação do HamasUm responsável do Hamas saudou a decisão sobre Rafah, mas também disse que não era suficiente e apelou ao fim da ofensiva de Israel em toda a Faixa de Gaza. O Hamas também apelou ao Conselho de Segurança da ONU para implementar a decisão da CIJ e prometeu cooperar com os investigadores, segundo a mídia.Reação da África do SulO departamento de relações internacionais da África do Sul também saudou a decisão e descreveu a ordem como "inovadora". O órgão sul-africano disse que abordaria o Conselho de Segurança da ONU com a ordem, que seria vinculativa e deveria ser respeitada por Israel.O documento inicial de 84 páginas, apresentado pela África do Sul três meses após o início da guerra em Gaza, diz que ao matar palestinos no enclave, causando-lhes graves danos mentais e corporais e criando condições de vida "calculadas para provocar a sua destruição física", Israel está cometendo genocídio contra eles.O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu considerou as acusações de genocídio ultrajantes e diz que o país está praticando seu direito à autodefesa após o ataque do Hamas em 7 de outubro. Em contra-argumentos em 17 de maio, Tel Aviv disse que a denúncia sul-africana "zomba da Convenção do Genocídio" e pediu ao tribunal que rejeitasse o pedido.Até o momento, a guerra na Faixa de Gaza deixou 1.200 israelenses mortos e 252 reféns. Do lado palestino, 35.800 morreram, com mais de 70 mil feridos e dezenas de milhares sem casa.
Em uma decisão histórica anunciada pelo juiz Nawaf Salam nesta sexta-feira (24), a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou que Israel interrompa sua operação em Rafah, libere a entrada de ajuda humanitária no enclave e que o Hamas entregue os reféns.
"O tribunal considera que, em conformidade com as obrigações decorrentes da Convenção do Genocídio, Israel deve suspender imediatamente a sua ofensiva militar e quaisquer outras ações em Rafah", disse o juiz.
Ao mesmo tempo, Tel Aviv deve garantir o acesso desimpedido à Faixa de Gaza para as missões que investigam as alegações de genocídio e a liberação de rotas para entrega de ajuda humanitária, acrescentou o juiz. A CIJ também pediu a libertação imediata dos reféns feitos pelo Hamas no ataque de 7 de outubro.
"O tribunal considera profundamente preocupante que muitos destes reféns permaneçam em cativeiro e reitera o seu apelo à sua libertação imediata e incondicional", afirmou.
A ordem foi adotada por um painel de 15 juízes de todo o mundo em uma votação de 13 contra 2, com oposição apenas de juízes de Uganda e do próprio Israel. A decisão é histórica, e teve como origem a denúncia de genocídio feita pela África do Sul três meses após o começo da guerra.
As decisões da CIJ podem ser executadas ou ignoradas, no entanto, a resolução contra Tel Aviv poderá prejudicar a reputação internacional do país e abrir um precedente jurídico.
Reação de Israel
Após o parecer do tribunal, o ministro das Finanças israelense Bezalel Smotrich disse que aqueles que exigem que a guerra pare estão exigindo que o "país decida deixar de existir" e "Israel não concordará com isso", afirmou Smotrich, citado pela Reuters.
Reação do Hamas
Um responsável do Hamas saudou a decisão sobre Rafah, mas também disse que não era suficiente e apelou ao fim da ofensiva de Israel em toda a Faixa de Gaza. O Hamas também apelou ao Conselho de Segurança da ONU para implementar a decisão da CIJ e prometeu cooperar com os investigadores, segundo a mídia.
Reação da África do Sul
O departamento de relações internacionais da África do Sul também saudou a decisão e descreveu a ordem como "inovadora". O órgão sul-africano disse que abordaria o Conselho de Segurança da ONU com a ordem, que seria vinculativa e deveria ser respeitada por Israel.
O documento inicial de 84 páginas, apresentado pela África do Sul três meses após o início da guerra em Gaza, diz que ao matar palestinos no enclave, causando-lhes graves danos mentais e corporais e criando condições de vida "calculadas para provocar a sua destruição física", Israel está cometendo genocídio contra eles.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu considerou as acusações de genocídio ultrajantes e diz que o país está praticando seu direito à autodefesa após o ataque do Hamas em 7 de outubro. Em contra-argumentos em 17 de maio, Tel Aviv disse que a denúncia sul-africana "zomba da Convenção do Genocídio" e pediu ao tribunal que rejeitasse o pedido.
Até o momento, a guerra na Faixa de Gaza deixou 1.200 israelenses mortos e 252 reféns. Do lado palestino, 35.800 morreram, com mais de 70 mil feridos e dezenas de milhares sem casa.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a cnteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).
Acesso ao bate-papo bloqueado por violar as regras.
Você pode voltar a participar daqui a:∞.
Se você discorda do bloqueio, use o formulário de feedback
Discussão terminou. É possível participar da discussão durante 24 horas após publicação da matéria.