Fechamento de postos na fronteira por Israel agrava desastre humanitário, diz porta-voz à Sputnik
00:43 24.05.2024 (atualizado: 07:43 24.05.2024)
© AP Photo / Abdel Kareem HanaFumaça sobe após ataque aéreo israelense na região central da Faixa de Gaza, 18 de maio de 2024
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O fechamento dos postos fronteiriços de Rafah e Kerem Shalom por Israel há quase 20 dias traz uma nova ameaça para a Faixa de Gaza e agrava ainda mais o desastre humanitário vivido pelos palestinos, disse o porta-voz do governo local, Ismail Thawabta, à Sputnik.
"Por 17 dias consecutivos, o Exército israelense mantém fechados o posto de fronteira de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, bem como o posto de controle de Kerem Shalom. Isso impede que mais de 22.000 feridos viajem para o exterior para tratamento, o que ameaça [Gaza] com um desastre humanitário", disse Thawabta.
O porta-voz afirmou ainda que o fechamento das estruturas cruciais para a região e a consequente interrupção do fluxo de ajuda humanitária e mercadorias para a Faixa de Gaza também podem ser catastróficos. Desde o início de outubro, Israel também realiza bloqueios por terra e mar no enclave por conta da guerra contra o Hamas.
"Todos esses acontecimentos fazem parte da guerra de fome e genocídio que a ocupação [israelense] está travando contra nosso povo palestino, como resultado da qual a situação humanitária se tornou catastrófica", disse Thawabta.
Mandado de prisão contra Netanyahu
No início desta semana, o promotor Karim Khan do Tribunal Penal Internacional (TPI) fez um pedido de mandado de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu por crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza, onde mais de 35 mil palestinos, a maioria crianças e mulheres, foram mortos por bombardeios desde outubro de 2023
O promotor também solicitou mandados de prisão sob as mesmas acusações contra Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, e Yahya Sinwar, chefe do movimento palestino Hamas em Gaza.