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Após ataque a campo de deslocados em Rafah, Israel enfrenta onda de condenação internacional

© AP Photo / Abdel HanaPalestinos deslocados pela ofensiva aérea e terrestre israelense caminham por acampamento improvisado em Rafah, Faixa de Gaza, 10 de maio de 2024
Palestinos deslocados pela ofensiva aérea e terrestre israelense caminham por acampamento improvisado em Rafah, Faixa de Gaza, 10 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 27.05.2024
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Países europeus e árabes se unem aos apelos para que Israel interrompa os ataques no sul de Gaza após mortes em tendas lotadas de deslocados, em sua maioria mulheres e crianças, segundo Autoridade Palestina.
De acordo com o Financial Times (FT), Israel enfrentou ampla condenação internacional nesta segunda-feira (27), depois que pelo menos 35 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um campo para civis deslocados em Rafah após um ataque aéreo israelense, de acordo com as autoridades de Gaza.
O procurador militar de Israel descreveu os acontecimentos como "muito difíceis", acrescentando que Israel estava investigando o incidente e lamentou "qualquer dano a civis não envolvidos" uma vez que os militares israelenses tinham como alvo um "complexo do Hamas" na área.
Apenas dois dias depois de a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ter ordenado a Israel que "suspendesse imediatamente" a sua ofensiva na cidade do sul de Gaza, o ataque israelense tornou a operação em Rafah ainda mais inviável do ponto de vista político.

O presidente francês, Emmanuel Macron, foi um dos primeiros líderes europeus a se manifestar publicamente em sua conta no X (anteriormente Twitter) dizendo estar "indignado com os ataques israelenses que mataram muitas pessoas deslocadas em Rafah", chamando a atenção para a necessidade de se interromper as operações.

O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, disse a um canal de televisão que "o povo palestino está sendo espremido sem levar em conta os direitos de homens, mulheres e crianças inocentes que nada têm a ver com o Hamas".
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Ataque de Israel em Rafah deixa ao menos 35 mortos, entre crianças e mulheres, diz mídia
Para além da Europa, as nações árabes, incluindo o Egito, o Catar e a Arábia Saudita, também condenaram o ataque. Segundo o Catar, ataques como esse dificultam as tentativas de mediar um acordo para um cessar-fogo e a libertação de reféns israelenses ainda detidos pelo Hamas em Gaza. O Egito foi além e acusou Israel de "mirar civis desarmados", descrevendo o ataque como uma "violação flagrante" do direito humanitário internacional.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos no Oriente Médio (UNRWA, sigla em inglês) disse que houve "relatos de vítimas em massa, incluindo crianças e mulheres entre os mortos" no incidente "horrível". "Gaza é o inferno na terra. As imagens da noite passada são mais uma prova disso", afirmou.

De acordo com autoridades palestinas, o ataque de Israel a Gaza já matou 36 mil pessoas, deslocou 1,7 milhão dos seus 2,3 milhões de cidadãos e reduziu a maior parte do enclave a escombros inabitáveis. Israel lançou a sua ofensiva em resposta ao ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, no qual militantes mataram 1.200 pessoas e fizeram cerca de 250 reféns, segundo autoridades israelenses.
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