Após anúncio da 2ª fase, Kremlin defende exercícios com Belarus devido à 'tensão na Europa'
09:24 11.06.2024 (atualizado: 10:41 11.06.2024)
© Foto / Ministério da Defesa da RússiaMilitares das forças armadas russas e belarussas participam do segundo estágio de exercícios conjuntos de armas nucleares não estratégicas, 11 de junho de 2024
© Foto / Ministério da Defesa da Rússia
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Nesta terça-feira (11), Rússia e Belarus começaram a segunda fase de exercícios táticos de armas nucleares. De acordo com o Kremlin, os treinamentos são necessários diante da "tensa situação" na Europa.
Na primeira fase dos exercícios, as tropas russas treinaram como armar e posicionar mísseis Iskander, enquanto a Força Aérea treinou como armar mísseis hipersônicos Kinzhal.
A segunda fase, anunciada hoje (11), envolveu a preparação conjunta de unidades russas e belarussas "para o uso em combate de armas nucleares não estratégicas", disse o Ministério da Defesa russo.
Moscou considera necessário realizar manobras nucleares não estratégicas conjuntas com Minsk para "manter a prontidão de combate em meio à situação tensa na Europa", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
"Há uma situação bastante tensa no continente europeu que enfrenta provocações todos os dias na forma de novas decisões e ações hostis contra a Rússia por parte das capitais europeias e de Washington", afirmou Peskov a jornalistas nesta terça-feira (11).
© Foto / Ministério da Defesa da RússiaMilitares das forças armadas russas e belarussas participam do segundo estágio de exercícios conjuntos de armas nucleares não estratégicas, 11 de junho de 2024
Militares das forças armadas russas e belarussas participam do segundo estágio de exercícios conjuntos de armas nucleares não estratégicas, 11 de junho de 2024
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A Rússia já sinalizou que os Estados Unidos e os seus aliados europeus estão levando o mundo à beira de um confronto militar maior, entre forças russas e membros da OTAN, ao dar à Ucrânia bilhões de dólares em armas, algumas das quais liberadas para serem usadas contra o território russo há duas semanas.
"Portanto, é claro, tais exercícios [com Belarus] e a manutenção da prontidão para o combate são muito importantes para nós", acrescentou Peskov.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse na sexta-feira (7) que Moscou não precisava usar armas nucleares para garantir a vitória na Ucrânia, no sinal mais forte do Kremlin até o momento de que o conflito não se transformará em uma guerra nuclear.
No entanto, o presidente sublinhou que "não descarta mudanças na doutrina nuclear da Rússia", que estabelece as condições sob as quais tais armas poderiam ser usadas, se o Ocidente fizer ações maiores.
© Foto / Ministério da Defesa da RússiaMilitares das forças armadas russas e belarussas participam do segundo estágio de exercícios conjuntos de armas nucleares não estratégicas, 11 de junho de 2024
Militares das forças armadas russas e belarussas participam do segundo estágio de exercícios conjuntos de armas nucleares não estratégicas, 11 de junho de 2024
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Os Estados Unidos, através da Casa Branca, afirmam que não viram qualquer mudança na postura estratégica da Rússia, embora altos funcionários dos serviços de informações digam que têm de levar a sério as observações de Moscou sobre as armas nucleares, relatou a Reuters.