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Mídia dos EUA: conflito na Ucrânia e militarização da China geram dúvidas sobre poder bélico do G7

© AP Photo / Christopher FurlongA primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, se junta aos líderes do G7 para assistir ao lançamento de paraquedas no San Domenico Golf, no primeiro dia da cúpula de líderes mundiais do grupo, em Borgo Egnazia, no sul da Itália, em 13 de junho de 2024
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, se junta aos líderes do G7 para assistir ao lançamento de paraquedas no San Domenico Golf, no primeiro dia da cúpula de líderes mundiais do grupo, em Borgo Egnazia, no sul da Itália, em 13 de junho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 13.06.2024
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Já se passou uma década desde que o G7 expulsou a Rússia do grupo. Agora "as maiores economias do mundo", que representam 44% da economia global, aceitaram as suas limitações e testam sua resiliência, escreve a Bloomberg.
Nesta quinta-feira (13) começa a cúpula do G7 no sul da Itália. O evento, que acontecerá até sábado (15), tentará elaborar uma solução criativa e primorosamente política sobre como usar os juros dos ativos congelados russos para apoiar a Ucrânia.
No entanto, mesmo com importantes líderes marcando presença para demonstrar força e unidade, muitos deles estão "em apuros em seu próprio país", escreve a mídia.

"O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está atrás de Donald Trump em muitas pesquisas antes das eleições de novembro. O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, está a caminho da derrota em julho. O francês Emmanuel Macron está afastando rumores de que renunciaria em uma eleição legislativa antecipada que não precisava convocar, no próximo mês", lista a agência norte-americana.

Diante de tantos desafios, e confrontado com dois conflitos internacionais, conseguirá o G7 reunir poder econômico, militar e de persuasão suficiente?
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Na visão da Bloomberg, nenhuma questão ilustra melhor o isolamento do G7 do que o conflito na Ucrânia. O grupo e a União Europeia forneceram a grande maioria da ajuda militar estrangeira – enquanto quase todas as outras nações evitaram a briga ou até se alinharam com a Rússia.
O conflito na Ucrânia, combinado com a intensificação militar da China, levantou dúvidas sobre o domínio militar do grupo, incluindo se os EUA seriam capazes de ajudar a defender Kiev e, ao mesmo tempo, responder a qualquer ação em Taiwan, escreve a agência.

"Para o G7, defender a Ucrânia é uma questão de princípio e uma defesa da própria democracia. Para muitas outras nações, é apenas mais um sinal de um mundo multipolar e do alcance cada vez menor do Ocidente."

As fortes sanções inicialmente uniram o grupo em torno do corte do seu comércio bilateral com a Rússia, mas o desvio de mercadorias através de países terceiros ainda permite a Moscou manter sua posição e avançar na meta da sua operação.
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Além disso, Pequim preencheu as lacunas de que a Rússia necessita, impulsionando o seu comércio bilateral.

"Em ambos os aspectos — China e desvio comercial através de países terceiros — há um grande problema. A Rússia não está economicamente isolada", disse Robin Brooks, investigador sênior do grupo de pesquisa Brookings Institution, em Washington, à mídia.

De acordo com uma análise da Bloomberg feita a partir de dados do Banco Mundial, as economias do G7 "estão em um bom caminho para serem eclipsadas pelo resto do G20 em termos de produto interno bruto [PIB] até 2030". Um número considerável desse "resto do G20" compreende os países do Sul Global — um contrapeso ao Ocidente liderado por Pequim e Moscou, destaca a mídia.
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As economias asiáticas têm desfrutado de um rápido crescimento, impulsionado por uma população em expansão, pela globalização e por uma classe média emergente.

"Para a China, em particular, e para outros grandes mercados emergentes de rápido crescimento, como a Índia, esse poder econômico em expansão é uma precondição necessária para a sua crescente influência geopolítica", disse Ben Bland, diretor do programa Ásia-Pacífico do think tank Chatham House, também ouvido pela mídia.

Talvez unindo-se em torno de tais preocupações, os chefes financeiros do G7 marcaram, nesta semana, uma mudança de estratégia ao destacar a China no seu comunicado e prometer considerar medidas para garantir condições de concorrência equitativas.
Mesmo que haja alguma unidade dentro do G7 sobre a utilização dessas ferramentas econômicas contra a China, não passou despercebido por Pequim que a ênfase está em punir os concorrentes — e não em recompensar os amigos.
Todos estão perfeitamente conscientes de que "as chamadas cenouras, bem como os castigos", terão de ser empunhados para trazer o Sul Global para o lado do Ocidente.
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