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Pai de Ursula von der Leyen perdoou assassino em série nazista, revelam documentos

© Janek Skarzynski / AFPArame farpado no antigo campo de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia, no Dia Internacional da Memória do Holocausto, 27 de janeiro de 2014
Arame farpado no antigo campo de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia, no Dia Internacional da Memória do Holocausto, 27 de janeiro de 2014 - Sputnik Brasil, 1920, 21.06.2024
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Ernst Albrecht, pai da atual chefe da Comissão Europeia, acabou libertando Erich Gustav Scharfetter, que matou 18 pessoas em um campo de concentração na União Soviética ocupada, após três solicitações rejeitadas.
Documentos sobre os crimes do assassino em série nazista Erich Gustav Scharfetter, perdoado pelo pai de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, foram publicados na quinta-feira (20) pelo portal Istoriya.rf.
Egor Yakovlev, especialista da Sociedade Histórica Militar Russa, encontrou documentos da investigação do caso de Scharfetter, a quem, em 1º de fevereiro de 1980, o Tribunal Distrital de Stade, na então Alemanha Ocidental, condenou a 18 penas de prisão perpétua por 18 assassinatos cometidos em um campo de concentração no território ocupado da União Soviética.
O portal relata que dez anos após a sentença do criminoso, em fevereiro de 1990, Ernst Albrecht, que era chefe do estado federado da Baixa Saxônia, perdoou o criminoso nazista devido à sua idade avançada e à deterioração da saúde. Scharfetter foi libertado em 30 de março de 1990 e morreu em 1998, aos 90 anos de idade.
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Scharfetter foi recrutado para a organização militar nazista Waffen-SS em julho de 1939. Em 1943, ele foi enviado à Estônia ocupada, para os campos de concentração de Vaivara, onde cometeu seus crimes. Após ser evacuado da Estônia devido à aproximação do Exército Vermelho, serviu no campo de concentração de Stutthof, onde sofreu uma lesão na perna e ficou em um hospital militar a partir do outono europeu de 1944.
Nos últimos meses da guerra, mudou-se para Hamburgo, onde ficou com sua família. Ele foi para o mar em 1956, como ajudante de maquinista. Depois que sua esposa lhe escreveu, em novembro de 1960, dizendo que a polícia estava interessada neles, Scharfetter desembarcou em Port Said, no Egito, e pediu asilo no país. Em novembro de 1977, ele decidiu retornar à Alemanha Ocidental e foi preso imediatamente após sua chegada ao aeroporto de Munique, onde havia um mandado emitido pelo tribunal de Stade. Seu julgamento começou em 13 de dezembro de 1978.
A filha de Scharfetter, depois de duas tentativas de pedir clemência, recorreu à Assistência Silenciosa, uma organização dedicada a aliviar a situação de nazistas condenados.
Em 1988, um dos ativistas da organização recorreu ao presidente da Alemanha Ocidental com um terceiro pedido de perdão, mas o gabinete não o aceitou, explicando que não lidava com questões de perdão e que isso era competência dos estados federados. Em março de 1989, Ernst Albrecht também rejeitou a petição, mas na quarta tentativa, em fevereiro de 1990, ele decidiu libertar o assassino em série.
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