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Assange deixa a prisão no Reino Unido após acordo com governo norte-americano (VÍDEO)

© AP Photo / Alastair GrantApoiadores de Julian Assange seguram cartazes do ativista do WikiLeaks junto da Corte dos Magistrados de Westminster em Londres, Reino Unido, 20 de abril de 2022
Apoiadores de Julian Assange seguram cartazes do ativista do WikiLeaks junto da Corte dos Magistrados de Westminster em Londres, Reino Unido, 20 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 24.06.2024
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O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deixou a prisão nesta segunda-feira (24) após realizar um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA. O ativista estava detido no Reino Unido há cinco anos e decidiu se declarar culpado em troca da liberdade. A informação foi divulgada pela conta do WikiLeaks no X (ex-Twitter).

"O Tribunal Superior de Londres lhe concedeu liberdade sob fiança, e ele foi liberado no aeroporto de Stansted à tarde, onde embarcou em um avião e partiu do Reino Unido", detalhou a plataforma onde foram publicados milhares de documentos dos Estados Unidos, motivo pelo qual Assange foi perseguido por anos por Washington.

O ativista e jornalista australiano estava preso em uma penitenciária nos arredores de Londres nos últimos cinco anos. Antes do acordo, ele lutava contra sua extradição para os EUA, onde é acusado de ter feito a maior revelação de documentos secretos do governo norte-americano. Assange segue em um voo para a Austrália.

"Após mais de cinco anos em uma cela de 2×3 metros, isolado 23 horas por dia, ele em breve se reunirá com sua esposa Stella Assange e seus filhos, que só conheceram o pai atrás das grades", informou a plataforma fundada por Assange.

Assange, de 52 anos e que está doente, foi acusado em maio de 2019 de conspirar com Chelsea Manning para obter documentos oficiais e publicá-los em sua plataforma WikiLeaks. Formalmente, ele é acusado de divulgar informações sigilosas do governo dos Estados Unidos, pelo qual poderia ser condenado a uma pena de 175 anos de prisão.
"As ações de Assange causaram um grave dano à segurança nacional dos Estados Unidos em benefício de nossos adversários e colocaram as fontes humanas não redigidas em risco grave e iminente de dano físico grave e/ou detenção arbitrária", disse na época o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
No entanto, em março passado, fontes próximas ao caso declararam ao The Wall Street Journal que as 18 acusações que o australiano enfrenta poderiam ser reduzidas a manipulação indevida de informações oficiais, delito considerado menor no Código Penal dos EUA.
Stella Assange, esposa de Julian Assange, fundador do Wikileaks, deixa a Corte Real de Justiça em Londres, Reino Unido, 20 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 20.05.2024
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Corte de Londres decide a favor de Assange, que poderia contestar decisão de extradição aos EUA
O fundador do WikiLeaks foi preso na Embaixada do Equador em Londres em abril de 2019, depois que o governo do país latino-americano retirou seu asilo. A plataforma confirmou que a defesa do ativista australiano conseguiu um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que ainda não foi finalizado.
O relatório disse que os promotores federais dos EUA recomendam que Assange receba uma sentença de prisão de cinco anos como parte do acordo de confissão, mas ele não será obrigado a passar tempo em uma prisão dos Estados Unidos diante do "crédito" pelos cinco anos que passou detido no Reino Unido.
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