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Novo radar cubano será capaz de espionar Guantánamo e atividades militares dos EUA, diz relatório

© AP Photo / Alex BrandonBandeira tremula a meio mastro em homenagem aos militares dos EUA e outras vítimas mortas em um ataque terrorista em Cabul, no Afeganistão. Acampamento Justice, base naval da baía de Guantánamo, Cuba, 29 de agosto de 2021
Bandeira tremula a meio mastro em homenagem aos militares dos EUA e outras vítimas mortas em um ataque terrorista em Cabul, no Afeganistão. Acampamento Justice, base naval da baía de Guantánamo, Cuba, 29 de agosto de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 02.07.2024
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Cuba está construindo um novo radar que provavelmente será capaz de espionar a base naval de Guantánamo, descobriu um centro de estudos de Washington usando imagens de satélite. Analistas identificaram quatro estações de escuta eletrônica, incluindo um local não relatado anteriormente perto de uma base naval dos EUA.
Esse último posto, que está em construção desde 2021, fica a leste da cidade de Santiago de Cuba, perto do bairro El Salao, disse o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), sediado em Washington, em um relatório publicado na segunda-feira (1º).
O CSIS chamou o novo local de uma "ferramenta poderosa" que, uma vez operacional, será capaz de monitorar a atividade aérea e marítima do Exército dos EUA.
A instalação, um conjunto de antenas dispostas circularmente com um diâmetro de 130 metros a 200 metros, poderia rastrear sinais vindos de 3.000 milhas náuticas a até 8.000 milhas náuticas, disse o centro de estudos.

"O acesso a tal posto avançado daria à China um ponto de observação altamente estratégico perto da Estação Naval da Baía de Guantánamo", disse o CSIS, referindo-se à principal base militar dos EUA, 73 quilômetros a leste de Santiago, a segunda maior cidade de Cuba.

O instituto também disse que imagens de satélite de março de 2024 mostram que o maior local ativo de inteligência de sinais de Cuba, em Bejucal, nas colinas perto de Havana, ligado a supostas atividades de inteligência chinesas há anos, passou por "grandes atualizações" na última década, chamando-o de "uma indicação clara de um conjunto de missões em evolução".
"Coletar dados sobre atividades como exercícios militares, testes de mísseis, lançamentos de foguetes e manobras de submarinos permitiria à China desenvolver uma imagem mais sofisticada das práticas militares dos EUA", afirmou o CSIS.
O vice-ministro das Relações Exteriores cubano, Carlos Fernández de Cossio, negou que seu país estivesse abrigando interesses militares chineses na ilha. Ele comentou uma matéria do The Wall Street Journal que também tratou do assunto.
"O Wall Street Journal persiste em lançar uma campanha de intimidação relacionada a Cuba. Sem citar uma fonte verificável ou mostrar evidências, ele busca assustar o público com contos sobre bases militares chinesas que não existem e ninguém viu, incluindo a Embaixada dos EUA em Cuba", disse De Cossio em uma postagem no X (antigo Twitter) nesta terça-feira (2).
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