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Turquia pode vir a abandonar a OTAN, diz membro de partido turco

© Sputnik / Sergei GuneevO presidente turco Recep Tayyip Erdogan participa de uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin à margem da cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX) em Astana, Cazaquistão, 3 de julho de 2024
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan participa de uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin à margem da cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX) em Astana, Cazaquistão, 3 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 22.07.2024
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A Turquia demonstra intenções de renunciar à OTAN, mas são necessárias medidas reais, disse um analista turco, membro do Comitê Central do partido Vatan, Orcun Gokturk.
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan declarou anteriormente que Ancara ainda está longe da cooperação desejada com a OTAN na luta contra o terrorismo. Após a cúpula da OTAN em Washington, o líder turco também observou que o Ocidente ainda não alcançou o resultado esperado na Ucrânia, apesar de todo o apoio possível.
"A Turquia é um dos países com a melhor experiência na OTAN. Há 60 anos, o líder francês Charles de Gaulle saiu da ala militar da OTAN e fechou todas as bases militares da OTAN na França. De Gaulle chamou a OTAN de 'estrutura em que os EUA controlam os países-membros, não um pacto de defesa'", recordou o interlocutor da agência.
Segundo ele, a própria Turquia também passou por isso, tendo tido uma amarga experiência.

"[…] Se pode dizer que, após a adesão à OTAN, na Turquia se formaram duas estruturas. Uma delas era – o 'Estado nacional' que defendia os interesses da Turquia, e a outra era os 'EUA dentro da Turquia', que defendia os interesses americanos, opostos aos interesses da Turquia. No entanto, elas não conseguiram coexistir e uma grande batalha ocorreu em 15-16 de julho de 2016 com uma tentativa de golpe por [seguidores de Fethullah Gulen], apoiados pelos EUA. Naquele dia, a Turquia lutou com a OTAN tanto dentro como fora do país, e essa guerra continua", explicou o especialista turco.

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O especialista acrescentou que na Turquia houve um confronto entre os defensores do Estado nacional e representantes dos interesses dos EUA, e hoje nas prisões turcas há generais da OTAN.
"Este golpe de Estado foi claramente dirigido contra o presidente turco Erdogan. No entanto, o presidente, tanto por causa dos valores que representa, como por causa da influência da OTAN no Estado, mantém um impasse na política externa da Turquia chamado de 'política de equilíbrio'", observa Gokturk.

"O discurso de Erdogan na cúpula da OTAN mostra isso. A Turquia quer deixar a OTAN [...], sabe que está sob a mira do imperialismo ocidental. É por isso que Erdogan diz: 'O Ocidente não foi capaz de atingir seus objetivos na Ucrânia, apesar de todas as armas e apoio financeiro", afirma o analista.

Na sua opinião, "a Turquia deve tomar medidas reais", mas "infelizmente, ao mesmo tempo que a Turquia faz estas observações, ela também sancionou o alargamento da OTAN e a entrada da Suécia e da Finlândia. Desta forma, ficou demonstrado que a Turquia não tem 'veto' na OTAN. Porque não há tal liberdade na NATO", conclui Gokturk.
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