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Movimentos palestinos, como Hamas e Fatah, assinam reconciliação em acordo na China (VÍDEO)

© AFP 2023 / Pedro PardoO Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, observa durante a assinatura da "Declaração de Pequim" na Casa de Hóspedes Estatal Diaoyutai em Pequim em 23 de julho de 2024
O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, observa durante a assinatura da Declaração de Pequim na Casa de Hóspedes Estatal Diaoyutai em Pequim em 23 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 23.07.2024
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O Ministério das Relações Exteriores da China divulgou nesta terça-feira (23) que os grupos palestinos, incluindo os rivais Hamas e Fatah, concordaram em acabar com suas divisões e formar um governo interino de unidade nacional.
A Declaração de Pequim foi assinada na cerimônia de encerramento de um diálogo de reconciliação entre 14 facções palestinas realizado na capital da China de 21 a 23 de julho, de acordo com um comunicado, segundo a Reuters.
Esforços anteriores do Egito e de outros países árabes para reconciliar Hamas e Fatah não conseguiram pôr fim a 17 anos de conflito de divisão de poder que enfraqueceu as aspirações políticas palestinas.
Husam Badran, alto funcionário do Hamas, disse que o ponto mais importante da Declaração de Pequim era formar um governo de unidade nacional para administrar os assuntos dos palestinos.
"Isso cria uma barreira formidável contra todas as intervenções regionais e internacionais que buscam impor realidades contra os interesses do nosso povo na gestão dos assuntos palestinos no pós-guerra", disse Badran, citado pela mídia.
Badran acrescentou que o governo de unidade nacional administraria os assuntos dos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, supervisionaria a reconstrução e prepararia as condições para as eleições.
Atualmente, o Hamas comanda Gaza e o Fatah forma a espinha dorsal da Autoridade Palestina, que tem controle limitado na Cisjordânia ocupada por Israel. Não houve nenhum comentário imediato do Fatah.
Os detalhes do acordo não estabeleceram um cronograma para a formação de um novo governo. Em março, o presidente palestino Mahmoud Abbas, que lidera o Fatah, nomeou um novo governo liderado por um de seus assessores próximos, Mohammad Mustafa.

"A China espera sinceramente que as facções palestinas alcancem a independência palestina o mais breve possível com base na reconciliação interna e está disposta a fortalecer a comunicação e a coordenação com as partes relevantes para trabalhar em conjunto para implementar a Declaração de Pequim alcançada hoje [23]", afirmou Wang Yi, ministro das Relações Exteriores chinês.

Wang também afirmou que "a principal conquista é deixar claro que a Organização para a Libertação da Palestina é a única representante legítima do povo palestino".
Uma criança agita a bandeira do Hamas enquanto outras agitam o emblema do Fatah, durante uma marcha de solidariedade com os palestinos da Faixa de Gaza, na cidade ocupada de Hebron, na Cisjordânia, em meio às batalhas contínuas entre Israel e o movimento palestino Hamas, em 27 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 20.07.2024
Panorama internacional
Delegações palestinas chegam à China otimistas por reconciliação, diz liderança do Fatah à Sputnik
Autoridades chinesas intensificaram a defesa dos palestinos em fóruns internacionais nos últimos meses, pedindo uma conferência de paz entre israelenses e palestinos em maior escala e um cronograma específico para implementar uma solução de dois Estados, escreve a mídia.
Hamas e Fatah se encontraram pela primeira vez em Pequim em abril para discutir os esforços de reconciliação para acabar com cerca de 17 anos de disputas. Foi a primeira vez que uma delegação do Hamas visitou a China desde o início da guerra em Gaza.
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