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Fortalecimento do BRICS faz G7 entender que deve discutir com os outros, diz Celso Amorim (VÍDEOS)
Fortalecimento do BRICS faz G7 entender que deve discutir com os outros, diz Celso Amorim (VÍDEOS)
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Durante o States of the Future (Estados do Futuro), evento paralelo do G20 realizado no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (24), Celso Amorim, assessor especial... 24.07.2024, Sputnik Brasil
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Para Celso Amorim, se o Brasil quiser ter alguma influência no mundo, será preciso "fortalecer a integração da América do Sul".Segundo o diplomata, o futuro da geopolítica global passará pela integração das regiões em blocos geoeconômicos. "Os Estados Unidos são um bloco em si mesmo, a União Europeia é um bloco por definição, a China é um bloco em si mesma, a Índia vai ser um bloco em si mesma em poucos anos."O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência afirmou que não descarta uma maior integração com a América Latina como um todo, mas é preciso encarar a realidade de que na outra ponta do continente estão os Estados Unidos, que exercem forte influência sobre o México.Participando de uma discussão com Jorge Castañeda, ex-secretário de Relações Exteriores do México, Amorim foi lembrado de uma frase cunhada por Porfirio Díaz, ex-presidente do México: "Pobre do México, tão longe de Deus, tão próximo dos Estados Unidos", afirmou Amorim.O diplomata, contudo, sublinhou que a integração sul-americana será um trabalho árduo, uma vez que o continente está "desorganizado", como pode ser visto através do esvaziamento da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e dos ataques políticos lançados pelo presidente da Argentina, Javier Milei, ao seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.Realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com os ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o States of the Future visa reimaginar a atuação do Estado frente aos novos desafios do século XXI, como as mudanças climáticas e a ascensão das economias emergentes.BRICS fortalecem o G20A formação de blocos reflete a transformação do mundo, que se torna cada vez mais multipolar e representativo, disse Amorim. "O próprio fórum do G20 é já um começo de mudança da governança global.""Se nós formos pensar antes da crise de 2008, não havia nada parecido com o G20. Havia o G20 lá no FMI [Fundo Monetário Internacional], mas que não tinha influência alguma, não iam nem sequer os ministros. Era um G20 abstrato.""Se você olhar o G20, se ele ficar um pouquinho menos europeu e um pouquinho mais africano, e tiver uma representação adequada dos países pequenos — porque eles não estão representados —, ele seria razoavelmente correspondente ao que deve ser o mundo de hoje, o que deve ser a governança [global]."No pós-Segunda Guerra, quem decidia os rumos mundiais era o G7, "mais especificamente os Estados Unidos". No entanto a realidade da mudança geoeconômica se impôs, afirmou o assessor especial.O segundo painel da tarde contou com a presença de autoridades globais, como Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile; Tonika Sealy-Thompson, embaixadora de Barbados no Brasil; Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania; Epsy Campbell Barr, presidente do Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Afrodescendentes; e Carlos Correa, diretor-executivo da organização intergovernamental The South Centre, além de Celso Amorim.De acordo com o diplomata, por trás da ascensão do G20 como fórum de discussão dos rumos globais está o BRICS, grupo de países de economias emergentes que, juntos, já detêm uma parcela do PIB mundial maior que a dos países do G7."Hoje circulou na ONU, não é uma proposta de resolução, é apenas a circulação de um documento, mas um projeto do Brasil e da China com relação à Ucrânia", exemplificou. "É o Sul querendo se meter em assuntos que eram tipicamente do Norte."
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Fortalecimento do BRICS faz G7 entender que deve discutir com os outros, diz Celso Amorim (VÍDEOS)
20:59 24.07.2024 (atualizado: 22:12 24.07.2024) Especiais
Durante o States of the Future (Estados do Futuro), evento paralelo do G20 realizado no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (24), Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, destacou a necessidade da integração sul-americana e a ascensão do BRICS como novo polo da governança global.
Para Celso Amorim, se o Brasil quiser ter alguma influência no mundo, será preciso "fortalecer a integração da América do Sul".
Segundo o diplomata, o futuro da geopolítica global passará pela integração das regiões em blocos geoeconômicos. "Os Estados Unidos são um bloco em si mesmo, a União Europeia é um bloco por definição, a China é um bloco em si mesma, a Índia vai ser um bloco em si mesma em poucos anos."
"O Brasil é um país grande, muito respeitado, mas o Brasil não é um bloco […]. Se nós quisermos ter uma influência no mundo, [precisamos] fortalecer a integração da América do Sul."
O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência afirmou que não descarta uma maior integração com a América Latina como um todo, mas é preciso encarar a realidade de que na outra ponta do continente estão os Estados Unidos, que exercem forte influência sobre o México.
Participando de uma discussão com Jorge Castañeda, ex-secretário de Relações Exteriores do México, Amorim foi lembrado de uma frase cunhada por Porfirio Díaz, ex-presidente do México: "Pobre do México, tão longe de Deus, tão próximo dos Estados Unidos", afirmou Amorim.
O diplomata, contudo, sublinhou que
a integração sul-americana será um trabalho árduo, uma vez que o continente está "desorganizado", como pode ser visto através do esvaziamento da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e dos
ataques políticos lançados pelo presidente da Argentina, Javier Milei, ao seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
"Esse será o nosso grande desafio. E é um desafio tão grande, porque eu também nunca vi a América do Sul, desde a democratização, tão desorganizada, tão sem olhar um para o outro."
Realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com os ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o States of the Future visa reimaginar a atuação do Estado frente aos novos desafios do século XXI, como as mudanças climáticas e a ascensão das economias emergentes.
A formação de blocos reflete a transformação do mundo, que se torna cada vez mais multipolar e representativo, disse Amorim. "O próprio fórum do G20 é já um começo de mudança da governança global."
"Se nós formos pensar antes da crise de 2008, não havia nada parecido com o G20. Havia o G20 lá no FMI [Fundo Monetário Internacional], mas que não tinha influência alguma, não iam nem sequer os ministros. Era um G20 abstrato."
"Se você olhar o G20, se ele ficar
um pouquinho menos europeu e um pouquinho mais africano, e tiver uma representação adequada dos países pequenos — porque eles não estão representados —, ele seria razoavelmente correspondente ao que deve ser o mundo de hoje, o que
deve ser a governança [global]."
No pós-Segunda Guerra, quem decidia os rumos mundiais era o G7, "mais especificamente os Estados Unidos". No entanto a realidade da mudança geoeconômica se impôs, afirmou o assessor especial.
"Eu estava do lado do presidente Lula quando o presidente [George W.] Bush propôs a criação do G20. Não se pode dizer que o presidente Bush fosse um presidente reformista. Foi uma imposição da realidade."
O segundo painel da tarde contou com a presença de autoridades globais, como Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile; Tonika Sealy-Thompson, embaixadora de Barbados no Brasil; Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania; Epsy Campbell Barr, presidente do Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Afrodescendentes; e Carlos Correa, diretor-executivo da organização intergovernamental The South Centre, além de Celso Amorim.
De acordo com o diplomata, por trás da ascensão do G20 como fórum de discussão dos rumos globais está o BRICS, grupo de países de economias emergentes que, juntos,
já detêm uma parcela do PIB mundial maior que a dos países do G7.
"É o fortalecimento do BRICS que leva os países do G7 a entenderem que eles têm que discutir com os outros."
"Hoje circulou na ONU, não é uma proposta de resolução, é apenas a circulação de um documento, mas um projeto do Brasil e da China com relação à Ucrânia", exemplificou. "É o Sul querendo se meter em assuntos que eram tipicamente do Norte."
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