Rússia acolhe com satisfação o interesse da Malásia nos BRICS, diz Lavrov
© Sputnik / Ministério das Relações Exteriores da Rússia / Acessar o banco de imagensO ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em reunião com estudantes, ouvintes e professores da Academia de Administração do presidente de Belarus, em 25 de junho de 2024
© Sputnik / Ministério das Relações Exteriores da Rússia
/ Nos siga no
A Rússia acolhe com satisfação o interesse da Malásia no BRICS e ajudará a promover esse interesse.
É o que afirmou, entre este sábado (27) e domingo (28), o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov.
"A Malásia expressou interesse em fortalecer contatos com os BRICS. Apoiamos ativamente esse interesse e, como presidente, ajudaremos a promover esse interesse", disse o ministro durante uma coletiva de imprensa após sua visita à Malásia.
Adesão pausada
No final de junho, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov disse que os países do BRICS decidiram fazer uma pausa na admissão de novos membros.
"Por uma esmagadora maioria de votos [em uma reunião dos chanceleres dos países do BRICS em Nizhny Novgorod], foi decidido fazer uma pausa com os novos membros para 'digerir' os recém-chegados, que duplicaram a composição do grupo", afirmou Lavrov.
BRICS é peça importante para derrubar a ordem internacional
De acordo com Pramod Rai, professor assistente de Ciência Política em Raja Rammohun Roy Mahavidyalata, Hooghly, Bengala Ocidental, o BRICS já reúne, em 2024, 45% das terras de todo o planeta e 46% do produto interno bruto (PIB) global, cerca de 25% do comércio global, 32% da produção mundial de gás natural, 43% do petróleo bruto de reservas e 38% das importações globais de petróleo, o que demonstra um caminho pavimentado para a construção de uma ordem mundial inclusiva e sem confronto.
"Há um debate em curso sobre o fato de o BRICS dever ser um passo revolucionário radical para derrubar o presente. A ordem internacional orientada para o Ocidente. [...] o desejo de adesão está crescendo, especialmente por parte dos países do Sul global, ainda tem muito que fazer para demonstrar todas as suas capacidades e racionalidade; É claro que o maior desafio para os [países do] BRICS não é seguir ou se tornar o modelo e os mecanismos ocidentais típicos no seu funcionamento. Não apenas expandir através de números, mas mostrar o pragmatismo e obter resultados deve ser o objetivo mais elevado na atual conjuntura", explica o especialista.
Para Rai, desde sua criação em 2009, o BRICS tem comportamento inclusivo e evita qualquer confronto com qualquer partido que se manifeste, porque compreende sua importância global.
"Penso que, independentemente do partido e dos líderes, a importância do BRICS permaneceria na parte superior, o que simplesmente não pode ser evitado", disse Pramod Rai.
Segundo ele, o futuro da cooperação eurasiática contribuiria de fato enormemente para a natureza da nova ordem mundial multilateral-multipolar. A Rússia é um Estado indispensável e uma potência influente da região, o que obviamente deveria ser para os seus maiores interesses geoeconômicos e geopolíticos, acrescentou. Uma vez que a China já ativou os seus programas e políticas comerciais junto à Rússia, a Índia também deverá acelerar os seus movimentos na região, ressaltou o especialista.