Mídia: EUA podem retirar garantias de defesa de aliados da OTAN se continuarem com ajuda à Ucrânia
12:50 29.07.2024 (atualizado: 13:31 29.07.2024)
© AFP 2023 / Sergei SupinskyMilitares ucranianos carregam um caminhão com o FGM-148 Javelin, um míssil antitanque portátil norte-americano fornecido pelos EUA à Ucrânia como parte de um apoio militar, após sua entrega no Aeroporto Internacional Borispol de Kiev, 11 de fevereiro de 2022
© AFP 2023 / Sergei Supinsky
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Se o ex-presidente dos EUA e candidato presidencial do Partido Republicano, Donald Trump, vencer a eleição de 5 de novembro, o Reino Unido e outros membros europeus da OTAN podem se deparar com "um acordo forçado a favor da Rússia", informou o Politico, em referência à crise na Ucrânia.
Logo após o início da operação militar especial russa na Ucrânia, Washington e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) têm aumentado o fluxo de ajuda militar para Kiev, o que, para o Kremlin só colabora para o prolongamento do conflito.
De acordo com o Politico, a volta de Trump "dividiria e enfraqueceria a OTAN" até o ponto em que alguns aliados poderiam interromper seu apoio à Ucrânia.
Se Trump se tornar o 47º presidente norte-americano, seus assessores podem pedir o fim do conflito na Ucrânia "para impedir que os EUA sejam atraídos [para o conflito] caso a Rússia [decida] retaliar contra membros da OTAN que fornecem [armas] à Ucrânia", acrescentou o Politico.
Há também um cenário em que os aliados da OTAN dos EUA rejeitam um acordo de paz e continuam a ajudar Kiev, o que pode levar Trump a retirar as garantias de defesa dos EUA a esses países, concluiu o veículo.
Trump afirmou repetidamente que, se reeleito, pretende alcançar uma solução para o conflito na Ucrânia em apenas 24 horas. Comentando o assunto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enfatizou que o problema é muito complicado para ser resolvido dessa forma.
Os países ocidentais têm fornecido apoio militar e financeiro massivo a Kiev desde o início da operação militar especial da Rússia em fevereiro de 2022. O Kremlin tem alertado consistentemente contra entregas contínuas de armas a Kiev, dizendo que elas só levam a uma maior escalada do conflito.