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Hungria rejeita oferta da Croácia para alternativa ao petróleo russo: 'Trânsito não é confiável'

© AFP 2023 / Justin TallisO primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, gesticula enquanto fala com a mídia após chegar para participar da reunião da Comunidade Política Europeia no Palácio de Blenheim em Woodstock. Inglaterra, 18 de julho de 2024
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, gesticula enquanto fala com a mídia após chegar para participar da reunião da Comunidade Política Europeia no Palácio de Blenheim em Woodstock. Inglaterra, 18 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 02.08.2024
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A Hungria rejeitou uma oferta da Croácia para usar seu sistema de oleodutos como alternativa às importações de petróleo russo, intensificando um conflito multifacetado com a União Europeia (UE).
O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, pediu ajuda a Bruxelas depois que a Ucrânia proibiu embarques da petrolífera russa LUKoil, uma fornecedora-chave pelo oleoduto Druzhba.

Na quarta-feira (31), o presidente da Croácia, Andrei Plenkovic, escreveu à comissão da UE para dizer que a empresa croata de transporte de petróleo que opera o oleoduto, Janaf, "está disposta a negociar contratos de longo prazo envolvendo volumes maiores para garantir a segurança do fornecimento de energia e reduzir a dependência".

Mas Szijjarto criticou a carta do presidente nas redes sociais, alegando que ela foi coordenada com a comissão para pressionar Budapeste.

"A Croácia simplesmente não é um país de trânsito confiável. Desde que a guerra começou, eles aumentaram as taxas de trânsito para cinco vezes a média do mercado. Eles tornaram impossível para a MOL [petrolífera húngara] garantir capacidades de transporte de longo prazo. Além disso, eles não investiram nos aumentos de capacidade necessários, e os dados de capacidade máxima que eles fornecem nunca foram verificados. A suspensão do fornecimento de petróleo do leste tornaria a Hungria e a Eslováquia completamente vulneráveis ​​a um país de trânsito não confiável", afirmou o chanceler, citado pelo Financial Times.

Szijjarto acrescentou que Budapeste "continua a esperar que a Comissão Europeia aja no interesse da Hungria e da Eslováquia".

"A Comissão Europeia não deve permitir que um país candidato abuse de dois Estados-membros da UE e comprometa sua segurança de fornecimento de energia", disse Szijjarto.

Em junho, a Ucrânia endureceu as sanções contra a LUKoil, proibindo efetivamente a companhia petrolífera russa de usar o país como rota de trânsito para alguns clientes na Europa Central. A Hungria pediu à UE para ajudar a intermediar uma solução com Kiev.
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