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PF: delegacia descartou imagens de assassinos de Marielle Franco das investigações de propósito
PF: delegacia descartou imagens de assassinos de Marielle Franco das investigações de propósito
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Imagens de câmeras de segurança que poderiam ter ajudado a identificar os assassinos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, não foram... 10.08.2024, Sputnik Brasil
2024-08-10T22:02-0300
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A investigação sobre a obstrução começou depois da prisão, em março, dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes do crime. O documento produzido pela Polícia Federal foi encaminhado ontem (9) ao Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com as informações divulgadas neste sábado (10) pela Tv Globo, o relatório da PF afirma que os delegados Rivaldo França Barbosa, à época chefe da Polícia Civil do Rio, e Giniton Lages, que comandava a DH, e o comissário de polícia Marco Antônio de Barros Pinto encobriram os assassinos.A reportagem informou que o primeiro delegado a investigar o caso, Giniton Lages, foi avisado de quem seriam os prováveis executores da vereadora e de seu motorista pelo atual secretário de Polícia Civil Marcus Vinícius Amim. Em depoimento a PF, ele disse que se encontrou com Rivaldo Barbosa uma semana depois do crime dizendo que tinha sugestões para a investigações, mas o então chefe da corporação se negou a ouvir e orientou que ele procurasse Lages. Dias depois Amim, segundo consta no depoimento, encontrou Giniton Lages por acaso na sede da Polícia Civil e falou sobre suas suspeitas, afirmando que, dada a complexidade da execução, apenas cinco pessoas no Rio poderiam ter levado o plano adiante. Amim teria então revelado a Giniton uma lista de suspeitos, entre os quais estava Ronnie Lessa, que tempos depois, preso em 2019 após confessar ter sido o executor do crime. Giniton disse, em depoimento prestado em julho que não se lembrava da conversa. O relatório apontou ausência injustificada de imagens da rota de fuga dos criminosos após a execução a partir do centro de convenções localizado a cerca de 450 metros do local do crime. Somente sete meses depois da conversa entre Amim e Giniton, o ex-PM Ronnie Lessa entrou na mira dos investigadores, após denúncia anônima. Lessa e Élcio Queiroz, que dirigiu o carro usado na execução, foram presos, confessaram o crime e fecharam acordo de delação premiada. Os irmãos Brazão foram citados como mandantes do assassinato de Marielle Franco em depoimentos de Lessa, preso desde 2019, sob acusação de ser autor dos disparos que mataram a vereadora. No dia 19 de março, o STF homologou o acordo de delação premiada de Lessa. A Inteligência da PF indicou que os irmãos Brazão estavam em alerta desde a homologação.Segundo Lessa, os acusados de serem os mandantes do crime integram um poderoso grupo político no Rio de Janeiro, com vários interesses em diversos setores no estado.A defesa de Rivaldo Barbosa disse que na condição de chefe de Polícia Civil à época ele não cuidava de investigação alguma. A defesa de Giniton Lages afirmou ao site g1 que "causa surpresa esse relatório ser apresentado agora, porque na última sexta-feira ele foi na PF e prestou todos os esclarecimentos".
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PF: delegacia descartou imagens de assassinos de Marielle Franco das investigações de propósito
Imagens de câmeras de segurança que poderiam ter ajudado a identificar os assassinos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, não foram recolhidas de propósito pela Delegacia de Homicídios (DH), durante as investigações do caso, disse a Política Federal (PF).
A investigação sobre a obstrução começou depois da prisão, em março, dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes do crime. O documento produzido pela Polícia Federal foi encaminhado ontem (9) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com as informações divulgadas neste sábado (10) pela Tv Globo, o relatório da PF afirma que os delegados
Rivaldo França Barbosa, à época chefe da Polícia Civil do Rio, e Giniton Lages, que comandava a DH, e o comissário de polícia Marco Antônio de Barros Pinto encobriram os assassinos.
A reportagem informou que o
primeiro delegado a investigar o caso, Giniton Lages, foi avisado de quem seriam os prováveis executores da vereadora e de seu motorista pelo atual secretário de Polícia Civil
Marcus Vinícius Amim. Em depoimento a PF, ele disse que se encontrou com Rivaldo Barbosa uma semana depois do crime dizendo que tinha sugestões para a investigações, mas o então chefe da corporação se negou a ouvir e orientou que ele procurasse Lages.
Dias depois Amim, segundo consta no depoimento, encontrou Giniton Lages por acaso na sede da Polícia Civil e falou sobre suas suspeitas, afirmando que, dada a complexidade da execução, apenas cinco pessoas no Rio poderiam ter levado o plano adiante.
Amim teria então revelado a Giniton uma lista de suspeitos, entre os quais
estava Ronnie Lessa, que tempos depois, preso em 2019 após confessar ter sido o executor do crime. Giniton disse, em depoimento prestado em julho que não se lembrava da conversa.
O relatório apontou
ausência injustificada de imagens da rota de fuga dos criminosos após a execução a partir do centro de convenções localizado a cerca de 450 metros do local do crime. Somente sete meses depois da conversa entre Amim e Giniton, o ex-PM
Ronnie Lessa entrou na mira dos investigadores, após denúncia anônima.
Lessa e Élcio Queiroz, que dirigiu o carro usado na execução, foram presos, confessaram o crime e fecharam acordo de delação premiada.
Os irmãos Brazão foram citados como mandantes do assassinato de Marielle Franco em depoimentos de Lessa, preso desde 2019, sob acusação de ser autor dos disparos que mataram a vereadora.
No dia 19 de março, o STF
homologou o acordo de delação premiada de Lessa. A Inteligência da PF indicou que os irmãos Brazão
estavam em alerta desde a homologação.
Segundo Lessa, os
acusados de serem os mandantes do crime integram um poderoso grupo político no Rio de Janeiro, com vários interesses em diversos setores no estado.
A defesa de Rivaldo Barbosa disse que na condição de chefe de Polícia Civil à época ele não cuidava de investigação alguma. A defesa de Giniton Lages afirmou ao site g1 que "causa surpresa esse relatório ser apresentado agora, porque na última sexta-feira ele foi na PF e prestou todos os esclarecimentos".
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